terça-feira, 30 de junho de 2020

PEQUENAS ATITUDES QUE PODEM MUDAR A SUA VIDA


ARRUME A SUA CAMA
PEQUENAS ATITUDES QUE PODEM MUDAR A SUA VIDA .... E TALVEZ O MUNDO



Quem é William H. McRaven?
O almirante William H. McRaven serviu na Marinha dos Estados Unidos com grande distinção. Em seus 37 anos como SEAL, exerceu o comando em vários níveis. Como almirante de quatro estrelas, seu último cargo foi o de comandante de todas as Forças de Operações Especiais. McRaven foi um dos responsáveis pela captura de Osama Bin Laden e Saddan Hussein.

Trabalho em equipe

 

O autor diz que, em seu treinamento do SEAL, aprendeu logo cedo a valorizar o trabalho em equipe e identificou que existia nele mesmo uma necessidade de confiar em mais alguém para ajudá-lo a vencer as tarefas difíceis.
E ele aprendeu essa lição por causa de um bote de borracha. É isso mesmo!
Durante a primeira fase do treinamento, McRaven e mais 6 companheiros novatos de equipe eram obrigados a carregar esse bote — que não era nada leve — sob suas cabeças para todo lugar.
Em um dos exercícios diários, eles eram instruídos a ultrapassar a arrebentação, enfrentando ondas que chegavam a 3 metros de altura. Além disso, eles precisavam remar vários quilômetros ao longo da costa.
Essa era uma tarefa que não tinha como ser completada com sucesso, a menos que todos se empenhassem com todas as forças. 
Todos precisavam remar, e cada remada tinha que estar sincronizada. 
Para que isso fosse possível, todos os tripulantes deveriam exercer a mesma força juntos. Caso contrário, o bote seria arremessado de volta à praia e o exercícios seria um verdadeiro fracasso.
Não demorou muito para que McRaven e seus companheiros percebessem que, às vezes, um dos membros da equipe estava doente ou ferido, incapaz de se doar 100%.
Nesses dias, os outros assumiam a responsabilidade. Mergulhavam os remos mais fundo e remavam com força máxima para compensar o amigo que não estava em boas condições.
Aquele bote de borracha os ensinou que nenhum dos novatos do SEAL iriam conseguir aguentar o treinamento sozinho.
Somente uma boa equipe pode nos ajudar a cumprir nossos objetivos, sejam eles pessoais ou profissionais.
Agora, pense por um momento: você tem uma boa equipe em seu negócio? Eles remam com força máxima pela empresa quando você não está em boas condições?
Você não vai conseguir vencer sozinho. Se você quer mudar o mundo, encontre alguém que o ajude a remar. 
Ninguém gosta de ouvir e falar em “fracasso”. Esta palavra sempre parece estar atrelada com uma grande carga de negatividade, e todos querem evitar isso.
Mas, a partir da perspectiva certa, as suas falhas podem ser usadas como vantagens.
Errar, muitas vezes, é inevitável. E mesmo que isso cause sofrimento e dor, não permita que esses sentimentos te dominem completamente. Ao invés disso, use os seus fracassos para se tornar mais poderoso e determinado.
Aprender com o fracasso depende da sua capacidade de arriscar, porque, para ganhar bastante, você precisa correr bastante riscos.
Existe uma certa emoção em assumir riscos. Por isso, se você deixar que os seus medos e ansiedades assumam o controle das suas decisões, você não chegará longe.
“Quem ousa vence”. A vida é uma luta, e a possibilidade de fracasso está sempre presente, mas os que vivem com medo do fracasso, do sofrimento ou da vergonha nunca conquistarão seu pleno potencial. Sem forçar seus limites, sem vez ou outra se lançar sobre obstáculos de cabeça, sem ousar, você nunca saberá o que seria verdadeiramente possível em sua vida”
           
            A vida é cheia de fases difíceis. Mas sempre existe alguém em uma situação pior do que a nossa. Se enchermos nossos dias com autopiedade, tristeza, pela maneira como fomos tratados, lamentando nossa sorte na vida, culpando alguém ou alguma coisa por nossas circunstâncias, a vida será longa e difícil. Se, por outro lado, nos recusarmos a desistir de nossos sonhos, nos mantivermos firmes e fortes diante das adversidades, então a vida será o que fazermos dela, e podemos fazê-la grandiosa. Nunca, jamais desista. Em hipótese alguma.
  
“Tiranos são sempre iguais. Não importa onde estejam: no pátio da escola, no local de trabalho ou governando um país por meio do terror. Eles prosperam onde há medo e intimidação, extraem sua força dos tímidos e fracos. São como tubarões que sentem o medo na água. Circulam para ver se sua presa está lutando. Investigam se sua vítima é fraca. Se você não encontra coragem para enfrentá-los, eles atacam. Na vida, para conquistar objetivos, para completar a natação noturna, teremos que ser homens e mulheres de grande coragem. Essa coragem está dentro de todos nós. Cave bem fundo, e você vai encontrá-la em abundância.”

Para William McRaven a vida é linda. Mesmo naqueles momentos em que tudo parece confusão e dor, a vida é linda. Os momentos felizes não podem existir se os maus momentos não existirem.
Por isso, quando a vida ficar difícil, não culpe os outros e não fique se lamentando. A sua vida é o que você faz dela. A sua vida se transforma para melhor á medida que você usa todos os seus esforços para fazer isso.
Quem não se entrega por inteiro, de coração, corpo e alma, aos próprios objetivos, colhe somente arrependimentos e, frequentemente, lamentações infrutíferas.
Lembre-se .... Comece o dia com uma tarefa feita. Encontre alguém que o ajude a enfrentar a vida. Respeite todo mundo. Saiba que a vida não é justa e que muitas vezes você vai fracassar. Mas, se assumir alguns riscos, der um passo à frente quando os tempos forem duros, encarar os tiranos, ajudar os oprimidos e nunca desistir – se fizer tudo isso, poderá mudar sua vida para melhor .... e talvez o mundo.
Referência
MCRAVEN, Willian H. Arrume a sua cama: pequenas atitudes que podem mudar a sua vida.... e talvez o mundo; Tradução Eliana Rocha. – 1. Ed. – são Paulo: Planeta, 2017.

segunda-feira, 29 de junho de 2020

A ESCOLA DOS MEUS SONHOS


                                 MOMENTO PARA REFLEXÃO

Contribuição professora "RÚBIA CARLA LERIAM"
       


Leia o texto e interaja conosco.

A ESCOLA DOS MEUS SONHOS

Lá no fundo dos meus sonhos existe uma escola com amplas portas sempre abertas, onde encontram-se os professores, no início do turno, recebendo seus alunos com um caloroso abraço e um sorriso sincero de boas-vindas.
Na escola dos meus sonhos, que fica lá no fundo da minha mente e num cantinho todo especial do meu coração, existe um amplo jardim, onde crianças e jovens interagem com a natureza amando-a, respeitando-a e preservando-a de uma forma tão sólida que se reflete em seus lares voluntária e naturalmente... Lá não se vê nenhum papel no chão e todo o lixo é reciclado...
Nesta escola situada lá nos confins do meu cérebro utópico e bem no meio do meu coração apaixonado pela educação, cada professor tem a sua sala personalizada e a cada troca de turma, vai esperar, na porta, aqueles que são a razão de seu trabalho, cumprimentando-os novamente com um sorriso sincero estampado em seu rosto... Lá os professores e funcionários não se importam em “perder” parte do tempo com o relacionamento humano... Na minha “escolinha”, o professor torce e luta pelo crescimento pessoal dos seus alunos que ocupam o lugar reservado a grandes amigos em seu coração e não se importa de fugir do conteúdo e aconselhá-los de vez em quando, de uma forma despretensiosa e sincera... No educandário dos meus sonhos só se aceita professores que tenham, além da formação acadêmica, o amor ao próximo no seu currículo...
Na escola dos meus sonhos não existe livro-ponto, pois as pessoas que lá trabalham, amam o que fazem, nunca faltam e quando precisam ausentar-se por motivos inevitáveis, sentem uma grande angústia por estarem longe da sua paixão... Nesta escola, o professor é valorizado e respeitado, trabalha com uma estrutura completa, sabe fazer uso de todas as tecnologias e nunca se cansa de aprender...
Na minha escola, escondida no meio das minhas utopias, tem uma biblioteca ampla, arejada, mobiliada e (principalmente) cheia de livros, onde o aluno encontra-se com seus mestres, pois é lá que eles estão na tal “hora atividade”.
Na escola dos meus pensamentos grandiosos, não se usa mais o divã da sala dos professores, aliás nem existe tal lugar, somente um ambiente altamente agradável onde professores, alunos e funcionários passam o mesmo recreio, comem o mesmo lanche e participam das mesmas conversas... Lá no fundo da minha mente e bem no meio do meu coração, tem uma escola onde todos lutam pelos mesmos ideais, caminham na mesma estrada, rumo ao conhecimento que não se importa com a quantidade de dias letivos, acessível a todos de forma eclética e dinâmica...
De repente minha mente pára, meu coração retoma o compasso monótono, volto para a realidade e percebo que parte da escola dos meus sonhos já existe... Só a casca... Ainda está verde... E as intempéries não a deixam amadurecer como deveria.

Rubem Alves

sexta-feira, 26 de junho de 2020

As Pandemias e as Fake News, isso não é novo, você sabia?


As Pandemias e as Fake News, isso não é novo, você sabia?

Contribuição Professor " GEOVANE"

A Peste negra, ou Peste bubônica, foi uma pandemia que no século XIV matou cerca de um terço da população europeia.
A peste tem sua origem na Ásia e chegou até o continente europeu através de caravanas comerciais e navios mercantis genoveses, da Península Itálica se espalhou por toda Europa.
Devido a medicina precária, conhecimento científico atrasado e fanatismo religioso da época, as pessoas atribuíram várias causas míticas e fantasiosas a doença, como:
Castigo divino: Muitos acreditaram que a epidemia era um castigo de Deus pelos seus pecados, e poderiam ser aliviados com o perdão de Deus.
Bruxaria: Muitos acreditavam estarem sendo castigados por existirem bruxas na cidade, muitas mulheres inocentes foram torturadas e mortas acusadas de bruxaria.
Povos estrangeiros: Judeus, muçulmanos, peregrinos, ciganos e outros povos estrangeiros foram acusados de disseminar a doença e mortos por toda Europa.
Na verdade, a doença foi causada pelo Yersinia pestis, uma bactéria que é encontrada em pulgas que ficam em ratos contaminados. As vilas e cidades medievais eram totalmente insalubres, viviam em uma condição de higiene e moradias precárias, as ruas eram sujas, cheias de lixos, ambiente propicio para a infestação de ratos, pulgas, e propagação da doença.
Portanto, em períodos de crises e pandemias, como o que estamos vivendo nesse momento, surgem diversas teorias e Fake News que costumam confundir nossa percepção a respeito do assunto, como percebemos isso não é novo na história. Devemos tomar cuidado com as fontes, não acreditar e nem compartilhar Fake News e confiar na opinião e orientação de especialistas na área.



Figura 1 - Médicos medievais tratando uma pessoa com a Peste.



Figura 2- O triunfo da morte: Quadro de Pieter Bruegel




Fontes:

COTRIM, Gilberto. História Global – Brasil e geral. São Paulo: Saraiva, 2005.

LE GOFF, Jacques. As raízes medievais da Europa. Petrópolis: Vozes, 2011.

JÚNIOR, Hilário Franco. A Idade Média: nascimento do Ocidente. São Paulo: Brasiliense, 2006,

SILVA, Daniel Neves. "Peste negra"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historiag/pandemia-de-peste-negra-seculo-xiv.htm. Acesso em 25 de junho de 2020.

REZENDE, Joffre Marcondes De. "as grandes epidemias da história"; Editora Unifesp. Disponível em: http://books.scielo.org/id/8kf92/pdf/rezende-9788561673635-08.pdf

quinta-feira, 25 de junho de 2020

O SENTIDO DA FELICIDADE



CONTRIBUIÇÃO PROFESSORA "ADRIANA BATISTA" 

Só assim mesmo para retornar de tanto tempo; necessitei forçar-me a compor essas palavras e, ainda por cima, em um tema mais que difícil. Pra mim felicidade não é apenas a ausência da tristeza, vale mais que isso. Aquela criança abre um sorriso quando vê a folha cair na cabeça do velhinho; que bom que o velhinho ri por contribuir com aquele sorriso. O rapaz fica feliz com a promoção em seu emprego, a garota fica feliz quando ele nota seus três mínimos centímetros de corte de cabelo. Há quem me disse que a felicidade não existe; nunca estamos satisfeitos, queremos sempre algo que nunca temos, admiramos algo que nunca teremos; esse prazer estampado nesse sorriso é muitas vezes resultado de benfeitoria em nós mesmos, nunca nos outros. Talvez fazer algo de coração, por mais mínimo que seja, seja um bom caminho pra começar o dia. De preferência em que quem saia mais ganhando, na verdade, seja o outro. Se for um desconhecido então… parabéns! Talvez você tenha encontrado uma felicidade diferenciada. Uma felicidade que, por mais diferente de qualquer sentimento humano moderno, está muito mais ligado à aquela criança e àquele velhinho do que você possa imaginar. Pense nisso
                                                                                   Bruno Alencarf

E para você, qual é o sentido da felicidade? Você já percebeu que a felicidade está nas pequenas coisas e muitas vezes nós nem percebemos?

terça-feira, 23 de junho de 2020

"A INTENÇÃO DE FORMAR " Texto Autoral para nosso Blog.





Autora: Patrícia Ap. Bioto 

Breve currículo da autora: Pedagoga pela UNESP-Araraquara. Mestre em Fundamentos da Educação pela UFSCAR. Doutora em Educação pela PUCSP. Pós-doutoranda pela PUCSP. Professora no ensino superior desde 2000. Professora do Mestrado em Gestão e Práticas Educacionais da Universidade Nove de Julho e do curso de Pedagogia da instituição. Já foi professora e diretora de rede pública de ensino do estado de São Paulo. Pesquisa e publica sobre currículo, políticas educacionais e formação de professores. Autora de artigos científicos publicados em periódicos nacionais e internacionais. Autora de livros e capítulos de livros na área da educação. Organizadora de coletâneas de livros reconhecidos pelo MEC. Líder do Grupo de Pesquisa Formação de Professores: contextos, epistemologias e metodologias, certificado pelo CNPQ. Participante de grupos e redes de pesquisa nacionais e internacionais sobre política educacional e formação de professores.

A INTENÇÃO DE FORMAR 

Patricia Bioto


             Um dos pressupostos fundamentais da educação, segundo Hubert Hannoun (1998) é que a tarefa de educar se põe em movimento porque supõe-se positiva a imagem do homem a ser formado, ou seja, espera-se que resulte do processo educativo um homem que acesse, que construa para si um conhecimento, um estatuto, uma identidade, uma forma de agir no mundo que são melhores e superiores ao estado atual em que se encontra.
            Penso que todos nós, educadores, as vezes sem saber, partilhamos essa crença. Acreditamos que aquilo que estamos fazendo, onde quer que estejamos fazendo, em quaisquer condições, em qualquer contexto, resultará em algo positivo, melhor, que acrescentará algo ao nosso parceiro de processo educacional, aquele a que muitas vezes chamamos de aluno.
            E que outro sentido teria nossa prática docente senão o de acrescentar, o de formar, o de contribuir, o de oferecer possibilidades, o de participar do processo de formação de um cidadão consciente, crítico, responsável, e por que não, de um trabalhador, possibilidade que resta a nós todos que não somos os donos do capital. Cabe-nos também a tarefa de preparar para o mundo do trabalho. Também, não somente. Não podemos nos render a uma lógica mercadológica e reprodutivista nesta nossa atividade eminentemente criadora de humanidades.
            Cocriamos a humanidade no dia a dia de nosso fazer docente. A humanidade não é inata. Nos fazemos humanos em nossos contatos sociais, no exercício de apropriação da cultura, como já afirmaram Vigostski, Bernard Charlot e Kant, entre tantos outros. Mas cabe-nos, e devemos fazer isso ininterruptamente, nos questionar que humanidade queremos contribuir para formar?
            Apertadores de botão? Seres desprovidos de sua essência? Servos obedientes? Consumidores doentes? Aleijados, alijados, marginalizados? Homens maus que escolhem as trevas e não luz, aludindo às ideias da teoria critica quanto ao nazismo, em que a escolha foi pelas trevas. Ou escolheremos a luz, mesmo as custas de termos nossos fígados comidos diuturnamente por corvos na rocha Tarpéia após termos roubado o fogo dos deuses para criarmos a vida, após termos escolhidos a luz, a criação, a vida, o progresso?
            Muitas vezes, sem que nos apercebamos, ou mesmo que tenhamos percebido e estejamos ocupados demais, estressados demais, sem tempo e até com preguiça de pensar (como se esse direito fosse dado a quem se quer dizer educador?) compactuamos com discursos reprodutivistas e alienantes que querem dominar a arena educativa. Os alunos não são capazes, as famílias têm problemas, a escola não tem condições, os métodos não são adequados, faltam recursos, os objetivos são inalcançáveis e tantas outras críticas que repetimos há séculos. Críticas que um exame rápido dos grandes tratados pedagógicos da humanidade pode nos revelar como sempre presentes na história da educação. Leia a Didática Magna, de Comenius, a New Discovery, de Charles Hoole do século XVII e o Emílio de Rousseau do século XVIII e lá estarão essas mesmas pautas.
             E diante de tudo isso o que podemos fazer? A resposta é bem simples: continuar fazendo, buscando, acreditando, estudando, refletindo, exercendo nossas capacidades reflexiva e construtiva. Aproximemo-nos das contribuições de homens como nós que investigaram, que propuseram, que se arriscaram a ir além, que não tinha outra saída a não ser ir além. E assim exercemos a tão sonhada práxis, termo que condensa o que erroneamente e intencionalmente resultou da divisão da teoria e da prática. Como se houvesse alguma forma de ação humana, como a reflexão e a construção de ideias, que não fosse prática. E como se houvesse qualquer ação humana que não partisse de ideias.
            Partamos em busca de um processo educativo que provoque os alunos, que parta de seus problemas, de suas questões, de suas aporias (termo usado por Aristóteles para indicar a origem de todo e qualquer processo de investigação). Tragamos esses alunos para questionarem a si mesmos, as certezas, as verdades, os consensos, as ideias prontas. Iniciemos com eles a tarefa primeira da educação: o partir do nada, do que não existe, do que não está pronto, do que não sabemos, em direção a construção do que sabemos, do que acreditamos, do que nos edifica, de nossa positividade.
            Esse é o exercício básico da atividade científica: lançar-se em direção do desconhecido em busca de respostas desejadas e esperadas. Serão encontradas? Talvez sim, talvez não? Aprenderemos? Cresceremos? Contribuiremos? Sim, sim e sim. Caminhante, não há caminho, o caminho se faz ao caminhar, parafraseando o poeta.
            Hoje, mais do que nunca, abre-se espaço nas escolas para iniciar os alunos, desde os mais pequenos, na atividade investigativa. O protagonismo infantil e juvenil estão presentes nas propostas mais atuais de uma educação progressista. O por o aluno a questionar, a investigar, a caminhar, por vezes sozinho, é uma importante contribuição para formarmos homens críticos, reflexivos, mais autônomos, livres, que ganham positivamente com o processo educativo.
            E por onde começar? Pelo começo. Ouvindo. Exercendo uma dialogicidade problematizadora, como desenvolvida por Freire (2010). Dando espaço para a voz dos alunos, como propôs Giroux (1998). E partindo do ouvir, estabelecer caminhos, planos, projetos. Tentativas. Objetivos.
            Assim se faz ciência. Assim se faz um mundo melhor. Assim se educa. Assim se contribui para formar positivamente a humanidade. Só assim seremos melhores e mais felizes.

Referencias
FREIRE, Paulo. Extensão ou Comunicação. 14ª reimpressão. Rio de janeiro: paz e Terra. 2010.
GIROUX, Henri. Os professores como intelectuais. Porto Alegre. Artes Médicas, 1998.
HANNOUN, Hubert. Educação: certezas e apostas. Trad. Ivone Castilho Benedetti. Ed UNESP, 1998.

segunda-feira, 22 de junho de 2020

Todo dia é menos um dia para você?


Contribuição Professora Rúbia Leriam

Momento para reflexão: Todo dia é menos um dia para você?  

                                            Em qual situação?


                                        



Todo dia é menos um dia    -    Carlos Drummond de Andrade
Todo dia é menos um dia
Todo dia é menos um dia; menos um dia para ser feliz;
É menos um dia para dar e receber;
É menos um dia para amar e ser amado;
É menos um dia para ouvir e, principalmente, calar!
Sim, porque calando nem sempre quer dizer que concordamos com o que ouvimos ou lemos, mas estamos dando a outrem a chance de pensar, refletir, saber o que falou ou escreveu.
Saber ouvir é um raro dom, reconheçamos.
Mas saber calar, mais raro ainda.
E como humanos estamos sujeitos a errar, e nosso erro mais primário, é não saber ouvir e calar!
Todo dia é menos um dia para dar um sorriso.
Muitas vezes alguém precisa, apenas de um sorriso para sentir um pouco de felicidade!
Todo dia é menos um dia para dizer:- Desculpe, eu errei!
Ou para dizer: - Perdoe-me por favor, fui injusto!
Todo dia é menos um dia para voltarmos sobre os nossos passos.
De repente, descobrimos que estamos muito longe, e já não há mais como encontrar onde pisamos, enquanto íamos.
Já não conseguiremos distinguir nossos passos de tantos outros que vieram depois dos nossos.
E se esse dia chega, por mais que voltemos; estaremos seguindo um caminho, que jamais nos trará ao ponto de partida.
Por isso, use cada dia com sabedoria.
Ouça e cale se não se sentir bem;
Leia e deixe de lado; outra hora você vai conseguir interpretar e saber o que quis ser dito.
Assim seja...


                                

sexta-feira, 19 de junho de 2020

O BRASIL EXPLICADO EM GALINHAS


Contribuição da profª Marília Emerick

Olá, queridos alunos!
Diante da atual situação do nosso país, com crise sanitária, política e econômica, precisamos parar e rir um pouquinho...kkkk...sem deixar a reflexão de lado! Deixo essa crônica de Veríssimo para deleite nessa sexta-feira!

Aproveito para fazer uma indicação literária, disponível no site: Portal Domínio Público: http://www.dominiopublico.gov.br/

*Deixe nos comentários seu autor preferido ou suas últimas leituras! 😊


O BRASIL EXPLICADO EM GALINHAS

Pegaram o cara em flagrante roubando galinhas de um galinheiro e o levaram para a delegacia.



D - Delegado
L - Ladrão

D - Que vida mansa, heim, vagabundo? Roubando galinha para ter o que comer sem precisar trabalhar. Vai para a cadeia!
L - Não era para mim não. Era para vender.
D - Pior, venda de artigo roubado. Concorrência desleal com o comércio estabelecido. Sem-vergonha!
L - Mas eu vendia mais caro.
D - Mais caro?
L - Espalhei o boato que as galinhas do galinheiro eram bichadas e as minhas galinhas não. E que as do galinheiro botavam ovos brancos enquanto as minhas botavam ovos marrons.
D - Mas eram as mesmas galinhas, safado.
L - Os ovos das minhas eu pintava.
D - Que grande pilantra... (mas já havia um certo respeito no tom do delegado...)
D - Ainda bem que tu vai preso. Se o dono do galinheiro te pega...
L - Já me pegou. Fiz um acerto com ele. Me comprometi a não espalhar mais boato sobre as galinhas dele, e ele se comprometeu a aumentar os preços dos produtos dele para ficarem iguais aos meus. Convidamos outros donos de galinheiros a entrar no nosso esquema. Formamos um oligopólio. Ou, no caso, um ovigopólio..
D - E o que você faz com o lucro do seu negócio?
L - Especulo com dólar. Invisto alguma coisa no tráfico de drogas. Comprei alguns deputados e senadores do PT. Dois ou três ministros do PMDB, PDT, PSB. Consegui exclusividade no suprimento de galinhas e ovos para programas de alimentação do governo e superfaturo os preços.
O delegado mandou pedir um cafezinho para o preso e perguntou se a cadeira estava confortável, se ele não queria uma almofada. Depois perguntou:
D - Doutor, não me leve a mal, mas com tudo isso, o senhor não está milionário?
L - Trilionário. Sem contar o que eu sonego de Imposto de Renda e o que tenho depositado ilegalmente no exterior.
D - E, com tudo isso, o senhor continua roubando galinhas?
L - Às vezes. Sabe como é.
D - Não sei não, excelência. Me explique.
L - É que, em todas essas minhas atividades, eu sinto falta de uma coisa. O risco, entende? Daquela sensação de perigo, de estar fazendo uma coisa proibida, da iminência do castigo. Só roubando galinhas eu me sinto realmente um ladrão, e isso é excitante. Como agora fui preso, finalmente vou para a cadeia. É uma experiência nova.
D - O que é isso, excelência? O senhor não vai ser preso não.
L - Mas fui pego em flagrante pulando a cerca do galinheiro!
D - Sim. Mas primário, e com esses antecedentes...

quinta-feira, 18 de junho de 2020

OS PORQUÊS DA IMPORTÂNCIA DA LEITURA


OS PORQUÊS DA IMPORTÂNCIA DA LEITURA






Existem vários porquês da importância da leitura! Todo mundo sabe que ler é essencial, mas a maioria acha muito difícil!

Com o intuito de despertar seu interesse pela leitura, vejamos alguns motivos pelos quais você deva começar ou continuar a ler:

1. Entendimento: uma boa leitura leva a pessoa ao entendimento de assuntos distintos. Afinal, o que é entender senão compreender, perceber. Como você saberá conversar sobre determinado tema se não tem percepção ou se não o compreende?

2. Cultura: através da leitura temos possibilidade de ter contato com várias culturas diferentes. Sabemos como determinado povo se comporta, os motivos pelos quais agem de forma distinta da nossa. Além disso, compreendemos melhor o outro quando passamos a saber a história de vida que o cerca. Consequentemente, lidamos melhor com quem é diferente de nós e não temos uma opinião pobre e geral das circunstâncias.

3. Reflexivos: lendo, nos tornamos reflexivos, ou seja, formamos uma ideia própria e madura dos fatos. Quando temos entendimento dos vários lados de uma mesma história, somos capazes de refletir e chegar a um consenso, que nos traz crescimento pessoal.

4. Conhecimento: através da leitura falamos e escrevemos melhor, sabemos o que aconteceu na nossa história, o porquê de nosso clima e do idioma que falamos, dentre muitas outras possibilidades.

5. Leitura dinâmica: quem lê muito, começa a refletir mais rápido. Logo, adquire mais agilidade na leitura. Passa os olhos e já entende sobre o que o texto está falando, a opinião do escritor e a conclusão alcançada.

6. Vocabulário: esse item é fato, pois quem lê tem um repertório de vocábulos muito mais avançado do que aquele que não possui essa prática.

7. Escrita: com conhecimento, reflexão e vocabulário é óbvio que o indivíduo conseguirá desenvolver seu texto com muito mais destreza e facilidade. Quem lê, se expressa bem por meio da escrita.

8. Diversão: sim, a leitura promove diversão, pois quem lê é levado a lugares que não poderia ir “com as próprias pernas”.

9. Informação: através da leitura ficamos informados sobre o que acontece no mundo e na nossa região. A leitura informativa mais usual é o jornal impresso.

REFERÊNCIAS

quarta-feira, 17 de junho de 2020

A importância do ato de ler (Paulo Freire)


A importância do ato de ler (Paulo Freire)



O livro A Importância do Ato de Ler, de Paulo Freire, relata os aspectos da biblioteca popular e a relação com a alfabetização de adultos desenvolvida na República Democrática de São Tomé e Príncipe.
Ao mesmo tempo, nos esclarece que a leitura da palavra é precedida da leitura do mundo e também enfatiza a importância crítica da leitura na alfabetização, colocando o papel do educador dentro de uma educação, onde o seu fazer deve ser vivenciado, dentro de uma prática concreta de libertação e construção da história, inserindo o alfabetizando num processo criador, de que ele é também um sujeito.
1 – A importância do ato de ler
Segundo Paulo Freire a leitura do mundo precede sempre a leitura da palavra. O ato de ler se veio dando na sua experiência existencial. Primeiro, a leitura do mundo do pequeno mundo em que se movia; depois, a leitura da palavra que nem sempre, ao longo da sua escolarização, foi a leitura da palavra mundo. Na verdade, aquele mundo especial se dava a ele como o mundo de sua atividade perspectiva, por isso, mesmo como o mundo de suas primeiras leituras.
Os textos, as palavras, as letras daquele contexto em cuja percepção experimentava e, quando mais o fazia, mais aumentava a capacidade de perceber se encarnavam numa série de coisas, de objetos, de sinais, cuja compreensão ia aprendendo no seu trato com eles, na sua relação com seus irmãos mais velhos e com seus pais.
A leitura do seu mundo foi sempre fundamental para a compreensão da importância do ato de ler, de escrever ou de reescrevê-lo, e transformá-lo através de uma prática consciente.
1. “Esse movimento dinâmico é um dos aspectos centrais do processo de alfabetização que deveriam vir do universo vocabular dos grupos populares, expressando sua real linguagem carregadas da significação de sua experiência existencial e não da experiência do educador”.
A alfabetização é a criação ou a montagem da expressão escrita da expressão oral. Assim as palavras do povo, vinham através da leitura do mundo. Depois voltavam a eles, inseridos no que se chamou de codificações, que são representações da realidade.
No fundo esse conjunto de representações de situações concretas possibilitava aos grupos populares uma leitura da leitura anterior do mundo, antes da leitura da palavra.
2. “O ato de ler implica na percepção crítica, interpretação e da reescrita do lido”.

1.1 – Alfabetização de Adultos e Biblioteca Populares: Uma introdução
Para Paulo Freire falar de alfabetização de adultos e de biblioteca populares é falar, entre muitas outras coisas, do problema da leitura e da escrita. Não da leitura de palavras e de sua escrita em si próprias, como se lê-las e escrevê-las, não implicasse uma outra leitura da realidade mesma, para aclarar o que chama de prática e compreensão crítica da alfabetização.
Do ponto de vista crítico é tão impossível negar a natureza política do processo educativo quanto negar o caráter educativo do ato político. Quanto mais ganhamos esta clareza através da prática, mais percebemos a impossibilidade de separar a educação da política e do poder.
A relação entre a educação enquanto subsistema e o sistema maior são relações dinâmicas contraditórias. As contradições que caracterizam a sociedade como está sendo, penetram a intimidade das instituições pedagógica em que a educação sistemática se está dando e alterando o seu papel ou o seu esforço reprodutor da ideologia dominante.
3. “O que temos de fazer então, enquanto educadoras ou educadores, é aclarar assumindo a nossa opção que é política, e ser coerentes com ela na prática”.
A questão da coerência entre a opção proclamada e a prática é uma das exigências que educadores críticos se fazem a si mesmos. É que sabem muito bem que não é o discurso o que ajuíza a prática, mas a prática que ajuíza o discurso.
4. “Quem apenas fala e jamais ouve; quem imobiliza o conhecimento e o transfere a estudantes, quem ouve o eco, apenas de suas próprias palavras, quem considera petulância a classe trabalhadora reivindicar seus direitos, não tem realmente nada que ver com a libertação nem democracia”.
Pelo contrário, quem assim atua e assim pensa, consciente ou inconsciente, ajuda a preservação das estruturas autoritárias.
Só educadoras e educadores autoritários negam a solidariedade entre o ato de educar e o ato de ser educado pelos educandos.
Uma visão da educação é na intimidade das consciências, movida pela bondade dos corações, que o mundo se refaz. É, já que a educação modela as almas e recria corações ela é a alavanca das mudanças sociais.
5. “Se antes a transformação social era entendida de forma simplista, fazendo-se com a mudança, primeiro das consciências, como se fosse a consciência de fato, a transformadora do real, agora a transformação social é percebida como um processo histórico”.
Se antes a alfabetização de adultos era tratada e realizada de forma autoritária, centrada na compreensão mágica da palavra doada pelo educador aos analfabetos; se antes os textos geralmente oferecidos como leitura aos alunos escondiam a realidade, agora pelo contrário, alfabetização como ato de conhecimento, como um ato criador e como ato político é um esforço de leitura do mundo e da palavra. Agora já não é possível textos sem contexto.
A alfabetização de adultos e pós-alfabetização implicam esforços no sentido de uma correta compreensão do que é a palavra escrita, a linguagem, as relações com o contexto de quem fala, de quem lê e escreve, compressão, portanto da relação entre a leitura do mundo e leitura da palavra. Daí a necessidade que tem uma de biblioteca popular, buscando o adentramento crítico no texto, procurando aprender a sua significação mais profunda, propondo aos leitores uma experiência estética, de que a linguagem popular é inteiramente rica.
A forma com que atua uma biblioteca popular, a constituição do seu acervo, as atividades que podem ser desenvolvidas no seu interior, tudo isso tem que ser como uma certa política cultural.
Se antes raramente os grupos populares eram estimulados a escrever seus textos, agora é fundamental fazê-lo, desde o começo da alfabetização para que, na pós-alfabetização, se vá tentando a formação do que poderá vir a ser uma pequena biblioteca popular com a inclusão de páginas escritas pelos próprios educandos.

1.2 – O Povo diz a sua Palavra ou a Alfabetização em São Tomé e Príncipe
Segundo Freire com a alfabetização de adultos no contexto da República Democrática de São Tomé e Príncipe, a cujo governo vem dando juntamente com Elza Freire, uma contribuição no campo da educação de adultos como assessor, se torna indispensável uma concordância em torno de aspectos fundamentais entre o assessor e o governo assessorado.
6. “Seria impossível, por exemplo, dar uma colaboração, por mínima que fosse a uma campanha de alfabetização de adultos promovido por um governo antipopular”.
Não poderia assessorar um governo que em nome da primazia da aquisição de técnicas de ler e escrever palavras por parte dos alfabetizando, exige-se, ou simplesmente sugerisse que fizesse a dicotomia entre a leitura do texto e a leitura do contexto.
Um governo para quem a leitura do concreto, o desenvolvimento do mundo não são um direito do povo, que, por isso mesmo, deve ficar reduzido à leitura mecânica da palavra.
É exatamente este aspecto importante o da relação dinâmica entre a leitura da palavra e a leitura da realidade em que nós encontramos coincidentes os governos de São Tomé e Príncipes e nós.
Todo esforço que vem sendo feito em São Tomé e Príncipe na prática da alfabetização de adultos como na da pós-alfabetização se orienta neste sentido.
7. “Os cadernos de cultura popular vêm sendo usados pelos educandos como livros básicos, com exercícios chamados Praticar para o Aprender. A linguagem dos textos é desafiadora e não sloganizado. O que se quer é a participação efetiva do povo enquanto sujeito, na reconstrução do país, a serviço de que a alfabetização e a pós-alfabetização se acham”.
Por isso mesmo os cadernos não são nem poderiam ser livros neutros, é a participação crítica e democrática dos educandos no ato de conhecimento de que são também sujeitos. É a participação do povo no processo de reinvenção de sua sociedade, no caso a sociedade são tomense, recém-independente do jugo colonial, que há tanto tempo a submetia.
É preciso, na verdade, que a alfabetização de adultos e a pós-alfabetização, a serviço da reconstrução nacional, contribuam para que o povo, tomando mais e mais a sua História nas mãos, se refaça na leitura da História, estando presente nela e não simplesmente nela estar representado.
8. “No fundo o ato de estudar, enquanto ato curioso do sujeito diante do mundo é expressão da forma de estar sendo dos seres humanos, como seres sociais, históricos, seres fazedores, transformadores, que não apenas sabem, mas sabem que sabem”.
O povo tem de conhecer melhor, o que já conhece em razão da sua prática e de conhecer o que ainda não conhece.
Nesse processo, não se trata propriamente de entregar ou de transferir às massas populares a explicação mais rigorosa dos fatos como algo acabado, paralisado, pronto, mas contar, estimulando e desafiando, com a capacidade de fazer, de pensar, de saber e de criar das massas populares.
Na alfabetização pós-alfabetização não nos interessa transferir ao Povo frases e textos para ele ir lendo sem entender. A reconstrução nacional exige de todos nós uma participação consciente em qualquer nível, exige ação e pensamento, exige prática e teoria, procurar descobrir de entender o que se acha mais escondido nas coisas e aos fatos que nós observamos e analisamos.
A reconstrução nacional precisa de que o nosso Povo conheça mais e melhor a nossa realidade.

2 – Análise das ideias do autor
Ao elaborar uma síntese das reflexões sobre o livro: A Importância do Ato de Ler e as relações da biblioteca popular com a alfabetização de adulto, leva-nos a compreensão da prática democrática e crítica da leitura do mundo e da palavra, onde a leitura não deve ser memorizada mecanicamente, mas ser desafiadora que nos ajude a pensar e analisar a realidade em que vivemos.
9. “É preciso que quem sabe, saiba sobre tudo que ninguém sabe tudo e que ninguém tudo ignora”. (FREIRE, p.32).
É essencial que saibamos valorizar a cultura popular em que nosso aluno está inserido, partindo desta cultura, e procurando aprofundar seus conhecimentos, para que participe do processo permanente da sua libertação.
10. “A biblioteca popular como centro cultural e não como um depósito silencioso de livros, é vista como um fator fundamental para o aperfeiçoamento e a intensificação de uma forma correta de ler o texto em relação íntima com o contexto”. (FREIRE, p.38).
Nesse sentido a atuação da biblioteca popular, tem algo a ver com uma política cultural, pois incentiva a compressão crítica do que é a palavra escrita, a linguagem, as suas relações com o contexto, para que o povo participe ativamente das mudanças constantes da sociedade.
“O processo de aprendizagem na alfabetização de adultos está envolvido na prática de ler, de interpretar o que lêem, de escrever, de contar, de aumentar os conhecimentos que já têm e de conhecer o que ainda não conhecem, para melhor interpretar o que acontece na nossa realidade”. (FREIRE, p. 48).
Isso só será conseguido através de uma educação que estimule a colaboração, que dê valor à ajuda mútua, que desenvolva o espírito crítico e a criatividade: uma educação que incentive o educando unindo a prática e a teoria, com uma política educacional condizente com os interesses do nosso Povo.
REFERENCIAS

Momento para reflexão: A beleza está na simplicidade!!!

 Contribuição professora "Rúbia Leriam" A  Última Crônica – Fernando Sabino A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para ...