quarta-feira, 27 de maio de 2020

“O privilégio de uma vida é você ser quem é.” Joseph Campell


Professora Grasiele Bomfim
Olá, queridos alunos!
Eu como professora de Educação Física amo esporte, lógico...rsrsrs...pois sempre vejo nele uma oportunidade de aprendermos algo significativo para qualquer área da nossa vida. Nesse sentido se procurarmos, vamos conhecer a história de grandes atletas, treinadores e pessoas que vivem o esporte e que aprenderam grandes ensinamentos para a vida.
O relato a seguir é de um grande treinador da NBA (Liga nacional de basquete dos Estados Unidos) Philip Douglas Jackson campeão 13 vezes, duas como atleta e onze como treinador, da maior competição de basquete mundial. Phil foi o treinador da vitoriosa jornada do Chicago Bulls, do grande atleta Michel Jordan e também do Los Angeles Lakers, de Kobe Bryant e Shaquille O’Neal.
Após a leitura do texto reflita: Em qual área da minha vida estou sendo descuidado e deixando de dar o meu melhor? Quais os meus sonhos para o futuro? Como as minhas ações agora podem refletir nas minhas conquistas do futuro?

Referência
E-book: Onze anéis – a alma do sucesso de Phil Jackson com Hugh Delehanty. Capítulo 4, p. 41-42. Tradução Márcia Frazão. Rocco Digital, 2014

Jornada
“O privilégio de uma vida é você ser quem é.” Joseph Campell

            No verão de 1972 fiz uma viagem de motocicleta pelo Oeste com meu irmão Joe, que mudou o rumo da minha vida.
            Já tinha voltado para o basquete dois anos antes, mas ainda me sentia bastante hesitante na quadra e sem ritmo. E meu casamento com Maxine, namorada dos tempos de faculdade, estava afundando. A reabilitação de seis meses após minha cirurgia não ajudou em nada e acabamos por separar nossos caminhos – informalmente – no início daquele ano. Joe que era professor de psicologia da Universidade Estadual de Nova York, em Buffalo, também havia se separado da esposa. Achei então que era uma boa hora para pegar a estrada.
            Fizemos uma viagem sem pressa, aproximadamente de cinco a seis horas pela manhã e montando acampamento na parte da tarde. À noite nos sentávamos ao redor de uma fogueira com duas cervejas e conversávamos.
            Uma noite, Joe não mediu as palavras.
            – Quando o vejo jogar, tenho a impressão de que você está com medo. Parece que está com medo de voltar a se machucar e não está se empenhando no jogo como antes. Acha mesmo que está totalmente recuperado?
– Acho, mas com uma diferença – respondi – Já não posso mais jogar no mesmo nível. Ainda tenho alguma rapidez, mas não tenho mais tanta potência nas pernas.
– Bem – continuou Joe –, você terá que conseguir isso de volta.
            Comentei que em relação ao casamento, a cada dia, Maxine e eu nos separávamos ainda mais. Ela não se interessava pelo mundo do basquete que tanto me envolvia, e eu não estava afim de me estabelecer e me tornar um pacato cidadão de família do subúrbio. Além do mais, ela estava pronta para seguir em frente e prosseguir na carreira de advogada.
            Joe retrucou em tom contundente que nos dois anos anteriores eu não tinha me envolvido nem com o casamento, nem com a carreira, nem com qualquer outra coisa.
            – Você morre de medo de fazer um esforço verdadeiro – acrescentou –, e com isso acabará perdendo o único relacionamento amoroso que sempre teve...o basquete. Você precisa ser mais determinante em relação a vida.
            Era a mensagem que eu precisava ouvir. Ao retornar para Nova York resolvi concentrar as energias na carreira, e nas três temporadas seguintes joguei o melhor basquete da minha vida.


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