Dicas de Leitura
“O Jardim Secreto”, de Frances Rodgson Burnett
O romance “O Jardim Secreto”, de Frances Rodgson Burnett, é
sobre o encontro entre uma menina e um menino, sobretudo é uma celebração da
amizade entre dois seres e a descoberta, por assim dizer, do mundo. O garoto
vive numa cama, mais morto do que vivo, até a chegada de uma menina esperta que
injeta vida em seu ser e o retira do quarto. Juntos, descobrem um jardim
secreto e uma história, que, como o belo jardim, não pode mas é devassada
“Huckleberry Finn”, de Mark Twain
Pense em Mark Twain como o Monteiro Lobato dos Estados Unidos,
com uma pitada a mais de humor. O menino Huck Finn é esperto, inteligente e até
malandrinho. Suas histórias divertidas sempre levam o leitor a sorrir. É quase
um romance de formação, preciso e enxuto. O menino amadurece durante suas
peripécias. Fica-se com a impressão, às vezes, de que Huck Finn é um
menino-adulto ou um adulto-menino. É o mais importante livro da literatura
juvenil (ou infanto-juvenil) dos Estados Unidos, inclusive adaptado para o
cinema.
“As aventuras de Robin Hood”,
de Alexandre Dumas
Robin Hood é um clássico da literatura universal (poucas pessoas
não sabem quem é). As histórias estabelecidas por Alexandre Dumas são as mais
bem cuidadas e são ambientadas nos séculos 12 e 13, sob o reinado de Ricardo
Coração de Leão. O criminoso que rouba dos ricos para doar aos pobres é
admirador do rei Ricardo e batalha para que volte ao trono. Nas matas de
Sherwood e Barnsdale, Robin Hood e seus aliados, como João Pequeno, lutam
contra o xerife de Nottingham e os soldados do rei usurpador. Há também a bela
Lady Marian, paixão de Robin Hood, e o frei Tuck, seu aliado.
“Os três mosqueteiros”, de Alexandre Dumas
Uma das graças do livro do escritor francês Alexandre Dumas é
saber que os três mosqueteiros são, na verdade, quatro — Athos, Porthos,
Aramis e D’Artagnan. O romance de capa e espada se tornou universal. A versão
brasileira, integral, contém mais de 100 ilustrações originais. A editora
disponibiliza duas edições — uma mais barata e outra mais sofisticada. Os
quatro heróis permanecem encantando os leitores. Não só. A história, levada ao
cinema, encanta os espectadores.
“O Pequeno Príncipe”, Saint-Exupéry
Há um preconceito intelectual contra este belo livro, sobretudo
no Brasil. Crianças e adolescentes (se não tiverem absorvido a ranzinzice dos
adultos) podem lê-lo com proveito. As mensagens podem soar piegas, num mundo
feito de racionalismo consumista e sempre apressado, mas a história, com suas
frases (dizem que moralistas), é bonita. Vale ler a tradução, mais madura e
precisa, de Ferreira Gullar. O livro, na pena do maior poeta brasileiro vivo,
ficou mais adulto.
“Grande Sertão: Veredas” de Guimarães Rosa
“Grande Sertão: Veredas, dirão, não é romance para crianças e
adolescentes. De fato, não é. Porém, “Grande Sertão: Veredas”/graphic novel,
de tão bem adaptado e, até, facilitado, pode ser lido por jovens atentos. O
roteiro é de Eloar Guazzelli e a arte, de Rodrigo Rosa. O livro de Guimarães
Rosa é uma das obras realmente imperdíveis da literatura brasileira.
“Caçadas de Pedrinho”, de Monteiro Lobato
O Brasil está cada vez mais urbano, com espaço cada vez menor
para a área rural. Crianças, adolescentes e mesmo adultos sabem cada vez menos
sobre assuntos que tenham a ver com o campo. O belo “Caçadas de Pedrinho”, de
Monteiro Lobato, se torna, portanto, mais interessante do que nunca. Porque põe
seus leitores em contato com a natureza, com um garoto que inventa coisas para
se divertir. Hoje, tirar uma criança das teclas de computadores e smartphones
não é fácil. Monteiro Lobato, com sua rica imaginação, às vezes pecando por
certo didatismo, provavelmente ainda consegue encantar as crianças e, até, os
adolescentes.
“Andira”, de Rachel de Queiroz
Andira é uma criança? Não, Andira é uma andorinha-criança, quer
dizer, um filhote. Pequena, e como não sabe voar, as demais andorinhas, que se
preparam para migrar no inverno, deixam-na para trás. Como muitas andorinhas,
Andira nasceu numa igreja e, na ausência dos parentes, é criada por morcegos.
Estes se tornam seus mestres.
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