segunda-feira, 19 de outubro de 2020

 

MOMENTO PARA REFLEXÃO

Leia o texto e interaja conosco.

Contribuição professora "Rubia Leriam"

 

Estamos iniciando o 4º Bimestre, mas sempre é hora de RecomeÇar...

 

Faxina na Alma – Carlos Drummond de Andrade

Não importa onde você parou, em que momento da vida você cansou. Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo, é renovar as esperanças na vida e, o mais importante, acreditar em você de novo. Sofreu muito nesse período? Foi aprendizado. Chorou muito? Foi limpeza da alma. Ficou com raiva das pessoas? Foi para perdoá-las um dia.
Sentiu-se só por diversas vezes? É porque fechaste a porta até para os anjos. Acreditou que tudo estava perdido? Era o início da tua melhora. Pois é… Agora é hora de reiniciar, de pensar na luz, de encontrar prazer nas coisas simples de novo. Um corte de cabelo arrojado diferente, um novo curso, ou aquele velho desejo de aprender a pintar, desenhar, dominar o computador, ou qualquer outra coisa. Olha quanto desafio, quanta coisa nova nesse mundão de meu Deus te esperando… Tá se sentindo sozinho? Besteira, tem tanta gente que você afastou com o seu "período de isolamento". 
Tem tanta gente esperando apenas um sorriso teu para "chegar" perto de você. Quando nos trancamos na tristeza, nem nós mesmos nos suportamos, ficamos horríveis. O mau humor vai comendo nosso fígado, até a boca fica amarga. Recomeçar… Hoje é um bom dia para começar novos desafios.
Onde você quer chegar? Alto? Sonhe alto! Queira o melhor do melhor. Queira coisas boas para a vida. Pensando assim, trazemos prá nós aquilo que desejamos. Se pensamos pequeno, coisas pequenas teremos. Já se desejarmos fortemente o melhor e, principalmente lutarmos pelo melhor, o melhor vai se instalar na nossa vida. E é hoje o dia da faxina mental. Jogue fora tudo que te prende ao passado, ao mundinho de coisas tristes. Fotos, peças de roupa, papel de bala, ingressos de cinema, bilhetes de viagens e toda aquela tranqueira que guardamos quando nos julgamos apaixonados. 

Jogue tudo fora, mas principalmente esvazie seu coração. Fique pronto para a vida, para um novo amor. Lembre-se, somos apaixonáveis, somos sempre capazes de amar muitas e muitas vezes, afinal de contas, nós somos o "Amor". Porque sou do tamanho daquilo que vejo, e não do tamanho da minha altura.

quinta-feira, 15 de outubro de 2020

 MOMENTO PARA REFLEXÃ

Contribuição Professora "Rubia Leriam"



Leia o  texto e interaja conosco. Você já fez essas coisas de criança?

O Direito das Crianças – Ruth Rocha

Toda criança no mundo
Deve ser bem protegida
Contra os rigores do tempo
Contra os rigores da vida.

Criança tem que ter nome
Criança tem que ter lar
Ter saúde e não ter fome
Ter segurança e estudar.

Não é questão de querer
Nem questão de concordar
Os direitos das crianças
Todos têm de respeitar.

Tem direito à atenção
Direito de não ter medos
Direito a livros e a pão
Direito de ter brinquedos.

Mas criança também tem
O direito de sorrir.
Correr na beira do mar,
Ter lápis de colorir…

Ver uma estrela cadente,
Filme que tenha robô,
Ganhar um lindo presente,
Ouvir histórias do avô.

Descer do escorregador,
Fazer bolha de sabão,
Sorvete, se faz calor,
Brincar de adivinhação.

Morango com chantilly,
Ver mágico de cartola,
O canto do bem-te-vi,
Bola, bola,bola, bola!

Lamber fundo da panela
Ser tratada com afeição
Ser alegre e tagarela
Poder também dizer não!

Carrinho, jogos, bonecas,
Montar um jogo de armar,
Amarelinha, petecas,
E uma corda de pular.


segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Vó caiu na piscina

 Contribuição Professora: Rubia Leriam

Momento para reflexão: Você presta mesmo atenção quando as pessoas falam com você?

Vó caiu na piscina

Noite na casa da serra, a luz apagou. Entra o garoto:

-- Pai, vó caiu na piscina.

-- Tudo bem, filho.

O garoto insiste:

-- Escutou o que eu falei, pai?

-- Escutei, e daí? Tudo bem.

-- Cê não vai lá?

-- Não estou com vontade de cair na piscina.

-- Mas ela tá lá...

-- Eu sei, você já me contou. Agora deixe seu pai fumar um cigarrinho descansado.

-- Tá escuro, pai.

-- Assim até é melhor.  Eu gosto de fumar no escuro. Daqui a pouco a luz volta. Se não voltar, dá no mesmo.  Pede à sua mãe pra acender a vela na sala. Eu fico aqui mesmo, sossegado.

-- Pai...

-- Meu filho, vá dormir. É melhor você deitar logo. Amanhã cedinho a gente volta pro Rio, e você custa muito a acordar. Não quero atrasar a descida por sua causa.

-- Vó ta com uma vela.

-- Pois então? Tudo bem. Depois ela acende.

-- Já tá acesa.

-- Se está acesa, não tem problema. Quando ela sair da piscina, ela pega a vela e volta direitinho pra casa. Não vai errar o caminho, a distância é pequena, e você sabe muito bem que sua avó não precisa de guia.

-- Por que cê não acredita no que eu digo?

-- Como não acredito? Acredito sim.

-- Cê não tá acreditando.

-- Você falou que a sua avó caiu na piscina, eu acreditei e disse: tudo bem. Que é que você queria que eu dissesse?

-- Não, pai, cê não acreditou ni mim.

-- Ah, você está me enchendo. Vamos acabar com isso. Eu acreditei, viu? Estou te dizendo que acreditei. Quantas vezes você quer que eu diga isso? Ou você acha que estou dizendo que acreditei, mas estou mentindo? Fique sabendo que seu pai não gosta de mentir.

-- Não te chamei de mentiroso.

-- Não chamou, mas está duvidando de mim.  Bem, não vamos discutir por causa de uma bobagem. Sua avó caiu na piscina, e daí? É um direito dela. Não tem nada de extraordinário cair na piscina. Eu só não caio porque estou meio resfriado.

-- Ô, pai, cê é de morte!

O garoto sai, desolado. Aquele velho não compreende mesmo nada. Daí a pouco chega a mãe:

-- Eduardo, você sabe que dona Marieta caiu na piscina?

-- Até você, Fátima? Não chega o Nelsinho vir com essa ladainha?

-- Eduardo, está escuro que nem breu, sua mãe tropeçou, escorregou e foi parar dentro da piscina, ouviu?  Está com a vela acesa na mão, pedindo que tirem ela de lá, Eduardo! Não pode sair sozinha, está com a roupa encharcada, pesando muito, e, se você não for depressa, ela vai ter uma coisa! Ela  morre, Eduardo!

-- Como? Por que aquele diabo não me disse isto? Ele falou apenas que ela tinha caído na piscina, não explicou que ela tinha tropeçado, escorregado e caído!

Saiu correndo, nem esperou a vela, tropeçou, quase que ia parar também dentro d´água:

-- Mamãe, me desculpe! O menino não me disse nada direito. Falou só que a senhora caiu na piscina. Eu pensei que a senhora estava se banhando.

-- Está bem, Eduardo – disse dona Marieta, safando-se da água pela mão do filho, e sempre empunhando a vela que conseguira manter acesa. – Mas de outra vez você vai prestar mais atenção no sentido dos verbos, ouviu? Nelsinho falou direito, você é que teve um acesso de burrice, meu filho!

(Carlos Drummond de Andrade)

 

Momento para reflexão: A beleza está na simplicidade!!!

 Contribuição professora "Rúbia Leriam" A  Última Crônica – Fernando Sabino A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para ...