segunda-feira, 17 de agosto de 2020

 

MOMENTO PARA REFLEXÃO

Contribuição professora “Rúbia Leriam”

Leia o texto e interaja conosco.

 

O tempo passa muito rápido, assim como diz no poema abaixo.

Você tem aproveitado seu tempo? De que forma?

 

O Tempo

A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal…
Quando se vê, já terminou o ano…
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado…
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas…
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo…
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.

Mario Quintana

quinta-feira, 13 de agosto de 2020

 

FAZENDO BIQUINHO 

Contribuição Professora "Adriana Batista" 

Juliano Martinz

O hábito lhe perseguia tal qual um vício: fazia biquinho em todas as fotos. Quase uma sina. Bastava um convite para uma foto, ajeitava a roupa, uma pose cuidadosamente elaborada e… o biquinho se formava na boca disforme, antes do flash espocar seu rosto. Não sabia tirar fotos de outra forma. Sozinha em frente ao espelho ou em uma festa com amigos – se não fazia bico, a foto ficava crua. Faltava algo: brilho, intensidade, verossimilhança. Preferia que lhe cortassem metade da cabeça pelo péssimo enquadramento, mas o bico não podia faltar. Seu ego não merecia tanto descaso. As amigas, no começo, zombavam. Diziam ser ridículo, e outros degenerativos. Com o tempo, porém, começaram a sentir uma pontada de inveja. Não demorou muito, e a pontada virou um soco no estômago de pura inveja ferina. A velha história: a amiga sempre sai melhor nas fotos, por mais que o orgulho intempestivo as obrigue a negar.


No final, estava armada a competição. Quando saiam juntas nas fotos, cada uma queria fazer um bico mais imponente. Biquinhos suaves deram lugar a bicos disformes. Os transversos e mentonianos contorcidos e retorcidos em caretas assustadoras. Seriam facilmente aprovadas como figurante em qualquer uma das sequências de Star Wars, mas ainda acreditavam ser os exemplares mais transparentes da sedução feminina.

A competição foi se tornando cada vez mais acirrada. Quem fazia o maior bico, ganhava mais comentários e elogios nas fotos nas redes sociais. A amizade se desvaneceu ante a disputa de quem tinha o bico mais bicudo entre as bicudas.

Certo dia, na balada, na foto com as “amigas”, ela esticou o biquinho o máximo que pode. Os lábios disformes se estenderam centímetros a frente do nariz. O músculo orbicular retesado, o risório deformado, zigomáticos e depressores rasgando-se num esforço descomunal. Enquanto em pose, antes do click, percebeu seu bico anormalmente saltado, e sentiu-se satisfeita por se conscientizar de que nenhuma das amigas jamais conseguiria algo parecido. Ia ganhar todos os elogios ao postar a foto nas redes. Seu bico curtido e compartilhado, o alvo dos holofotes.

Mas, não houve tempo para muita comemoração. Após o instante do flash, para seu desespero, o bico não voltou ao lugar. Travado. Represado. A careta não se desfez. Os músculos tesos, tensidade absurda. E a boca, enfim, condenada ao bico eterno.

Hoje em dia, por onde passa, é alvo de olhares comiserados, acompanhados por declarações como: “pobre menina!”.

Menos as amigas que até hoje, quando se encontram, ainda sentem aquela inegável pontada de inveja.

segunda-feira, 3 de agosto de 2020

O PAI DA GENTE


MOMENTO PARA REFLEXÃO

Contribuição Professora "Rúbia Leriam"

Leia o poema abaixo e interaja conosco.

Como é seu pai ou o responsável que exerce esse papel?


                                             
O PAI DA GENTE
É um pai alegre, bem humorado, amigo do peito
Mas que também fica nervoso!…
E que quer ter o direito
De as vezes ser preguiçoso,
De brincar, de voltar a ser criança.
Que também se cansa de ser sempre durão!
E que às vezes tem medo
Porque é gente. Super-herói
Só existe na TV!
O pai é de carne e osso,
Igualzinho a você!
E precisa de carinho. De atenção!
E às vezes de um suquinho
Feito por sua mão!
Hoje em dia o pai precisa
De uma energia dobrada…
Pois além do seu trabalho
Ele sempre tem que ajudar…
E até fralda molhada
Ele já sabe trocar!
Você está percebendo
Que os tempos estão mudando!
A mulher trabalhando fora…
O homem em casa ajudando…
A criança participando!
Coisa boa de se ver!
                                                                                   (Maria da Conceição Torres G. Tavares)

Momento para reflexão: A beleza está na simplicidade!!!

 Contribuição professora "Rúbia Leriam" A  Última Crônica – Fernando Sabino A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para ...