quinta-feira, 28 de maio de 2020

Dicas de Leitura


Dicas de Leitura


“O Jardim Secreto”, de Frances Rodgson Burnett
O romance “O Jardim Secreto”, de Frances Rodgson Burnett, é sobre o encontro entre uma menina e um menino, sobretudo é uma celebração da amizade entre dois seres e a descoberta, por assim dizer, do mundo. O garoto vive numa cama, mais morto do que vivo, até a chegada de uma menina esperta que injeta vida em seu ser e o retira do quarto. Juntos, descobrem um jardim secreto e uma história, que, como o belo jardim, não pode mas é devassada


 “Huckleberry Finn”, de Mark Twain
Pense em Mark Twain como o Mon­teiro Lobato dos Estados Uni­dos, com uma pitada a mais de humor. O menino Huck Finn é esperto, inteligente e até malandrinho. Suas histórias divertidas sempre levam o leitor a sorrir. É quase um romance de formação, preciso e enxuto. O menino amadurece durante suas peripécias. Fica-se com a impressão, às vezes, de que Huck Finn é um menino-adulto ou um adulto-menino. É o mais importante livro da literatura juvenil (ou infanto-juvenil) dos Estados Unidos, inclusive adaptado para o cinema.


“As aventuras de Robin Hood”, de Alexandre Dumas
Robin Hood é um clássico da literatura universal (poucas pessoas não sabem quem é). As histórias estabelecidas por Alexandre Dumas são as mais bem cuidadas e são ambientadas nos séculos 12 e 13, sob o reinado de Ricardo Coração de Leão. O criminoso que rouba dos ricos para doar aos pobres é admirador do rei Ricardo e batalha para que volte ao trono. Nas matas de Sherwood e Barnsdale, Robin Hood e seus aliados, como João Pequeno, lutam contra o xerife de Nottingham e os soldados do rei usurpador. Há também a bela Lady Marian, paixão de Robin Hood, e o frei Tuck, seu aliado.



“Os três mosqueteiros”, de Alexandre Dumas
Uma das graças do livro do escritor francês Alexandre Dumas é saber que os três mosqueteiros são, na verdade, quatro — Athos, Por­thos, Aramis e D’Artagnan. O romance de capa e espada se tornou universal. A versão brasileira, integral, contém mais de 100 ilustrações originais. A editora disponibiliza duas edições — uma mais barata e outra mais sofisticada. Os quatro heróis permanecem encantando os leitores. Não só. A história, levada ao cinema, encanta os espectadores.


“O Pequeno Príncipe”, Saint-Exupéry
Há um preconceito intelectual contra este belo livro, so­bretudo no Bra­sil. Crianças e adolescentes (se não tiverem ab­sorvido a ranzinzice dos adultos) podem lê-lo com proveito. As mensagens podem soar piegas, num mundo feito de racionalismo consumista e sempre apressado, mas a história, com suas frases (dizem que moralistas), é bonita. Vale ler a tradução, mais madura e precisa, de Ferreira Gullar. O livro, na pena do maior poeta brasileiro vivo, ficou mais adulto.


“Grande Sertão: Veredas” de Guimarães Rosa
“Grande Sertão: Veredas, dirão, não é romance para crianças e adolescentes. De fato, não é. Porém, “Grande Sertão: Ve­redas”/graphic novel, de tão bem adaptado e, até, facilitado, pode ser lido por jovens atentos. O roteiro é de Eloar Guazzelli e a arte, de Rodrigo Rosa. O livro de Guimarães Rosa é uma das obras realmente imperdíveis da literatura brasileira.


“Caçadas de Pedrinho”, de Monteiro Lobato
O Brasil está cada vez mais urbano, com espaço cada vez menor para a área rural. Crianças, adolescentes e mesmo adultos sabem cada vez menos sobre assuntos que tenham a ver com o campo. O belo “Caçadas de Pedrinho”, de Monteiro Lobato, se torna, portanto, mais interessante do que nunca. Porque põe seus leitores em contato com a natureza, com um garoto que inventa coisas para se divertir. Hoje, tirar uma criança das teclas de computadores e smartphones não é fácil. Monteiro Lobato, com sua rica imaginação, às vezes pecando por certo didatismo, provavelmente ainda consegue encantar as crianças e, até, os adolescentes.



 “Andira”, de Rachel de Queiroz
Andira é uma criança? Não, Andira é uma andorinha-criança, quer dizer, um filhote. Pequena, e como não sabe voar, as demais andorinhas, que se preparam para migrar no inverno, deixam-na para trás. Como muitas andorinhas, Andira nasceu numa igreja e, na ausência dos parentes, é criada por morcegos. Estes se tornam seus mestres.













quarta-feira, 27 de maio de 2020

“O privilégio de uma vida é você ser quem é.” Joseph Campell


Professora Grasiele Bomfim
Olá, queridos alunos!
Eu como professora de Educação Física amo esporte, lógico...rsrsrs...pois sempre vejo nele uma oportunidade de aprendermos algo significativo para qualquer área da nossa vida. Nesse sentido se procurarmos, vamos conhecer a história de grandes atletas, treinadores e pessoas que vivem o esporte e que aprenderam grandes ensinamentos para a vida.
O relato a seguir é de um grande treinador da NBA (Liga nacional de basquete dos Estados Unidos) Philip Douglas Jackson campeão 13 vezes, duas como atleta e onze como treinador, da maior competição de basquete mundial. Phil foi o treinador da vitoriosa jornada do Chicago Bulls, do grande atleta Michel Jordan e também do Los Angeles Lakers, de Kobe Bryant e Shaquille O’Neal.
Após a leitura do texto reflita: Em qual área da minha vida estou sendo descuidado e deixando de dar o meu melhor? Quais os meus sonhos para o futuro? Como as minhas ações agora podem refletir nas minhas conquistas do futuro?

Referência
E-book: Onze anéis – a alma do sucesso de Phil Jackson com Hugh Delehanty. Capítulo 4, p. 41-42. Tradução Márcia Frazão. Rocco Digital, 2014

Jornada
“O privilégio de uma vida é você ser quem é.” Joseph Campell

            No verão de 1972 fiz uma viagem de motocicleta pelo Oeste com meu irmão Joe, que mudou o rumo da minha vida.
            Já tinha voltado para o basquete dois anos antes, mas ainda me sentia bastante hesitante na quadra e sem ritmo. E meu casamento com Maxine, namorada dos tempos de faculdade, estava afundando. A reabilitação de seis meses após minha cirurgia não ajudou em nada e acabamos por separar nossos caminhos – informalmente – no início daquele ano. Joe que era professor de psicologia da Universidade Estadual de Nova York, em Buffalo, também havia se separado da esposa. Achei então que era uma boa hora para pegar a estrada.
            Fizemos uma viagem sem pressa, aproximadamente de cinco a seis horas pela manhã e montando acampamento na parte da tarde. À noite nos sentávamos ao redor de uma fogueira com duas cervejas e conversávamos.
            Uma noite, Joe não mediu as palavras.
            – Quando o vejo jogar, tenho a impressão de que você está com medo. Parece que está com medo de voltar a se machucar e não está se empenhando no jogo como antes. Acha mesmo que está totalmente recuperado?
– Acho, mas com uma diferença – respondi – Já não posso mais jogar no mesmo nível. Ainda tenho alguma rapidez, mas não tenho mais tanta potência nas pernas.
– Bem – continuou Joe –, você terá que conseguir isso de volta.
            Comentei que em relação ao casamento, a cada dia, Maxine e eu nos separávamos ainda mais. Ela não se interessava pelo mundo do basquete que tanto me envolvia, e eu não estava afim de me estabelecer e me tornar um pacato cidadão de família do subúrbio. Além do mais, ela estava pronta para seguir em frente e prosseguir na carreira de advogada.
            Joe retrucou em tom contundente que nos dois anos anteriores eu não tinha me envolvido nem com o casamento, nem com a carreira, nem com qualquer outra coisa.
            – Você morre de medo de fazer um esforço verdadeiro – acrescentou –, e com isso acabará perdendo o único relacionamento amoroso que sempre teve...o basquete. Você precisa ser mais determinante em relação a vida.
            Era a mensagem que eu precisava ouvir. Ao retornar para Nova York resolvi concentrar as energias na carreira, e nas três temporadas seguintes joguei o melhor basquete da minha vida.


terça-feira, 26 de maio de 2020

Reflexão sobre a importância da leitura, não importa como ela acontece, o que importa é o que a leitura desperta em você.


(CONTRIBUIÇÃO Profª RUBIA)

AS MÃOS QUE LIAM

Minhas amiguinhas (...) tinham uma novidade para me contar:
– Enquanto você estava doente, apareceu na aldeia uma moça que sabe ler as palavras com a ponta dos dedos.
– Como? – perguntei incrédula e, ao mesmo tempo, desapontada por não ter sido a primeira a descobrir o fato.
– É isso mesmo. Ela lê com as mãos. Todas as terças-feiras ela vai à igreja para contar a História Sagrada para as crianças do catecismo. Você quer ir?
Na terça-feira, fomos em bando até a igreja e nos sentamos nos primeiros bancos. Ali fiquei eu, com o coração ansioso, à espera da moça que recolhia as palavras com as mãos, como se fossem frutos maduros das árvores.
De súbito, ela entrou. Caminhava devagarinho pelo corredor, apoiada em uma bengala (...). E, quando se aproximou do altar, fez o sinal da cruz, sentando-se à nossa frente. Tinha uma expressão bondosa, mas distante, posta no vazio. Olhava-nos, mas não nos via.
Abrindo um enorme livro, realizou o milagre. Eu a vi, então, tocando com os dedos as folhas brancas, inteiramente brancas, sem nenhuma palavra desenhada, só com alguns pontinhos em relevo, como cabeças de alfinete. Ela decifrava o papel com as mãos assim como eu decifrava com os olhos os livros do meu avô astrônomo.
E foi para esse avô que eu fui contar correndo a novidade. Ele, porém, não se espantou. Era um homem que lia muito, que sabia muito, embora nunca saísse da aldeia. Ele viajava nos livros. (Será que também lia com os dedos, quando ninguém estava vendo?...)
– Fortunatella, como essa moça é cega, aprendeu a ler de maneira diferente das pessoas que podem enxergar. Cada monte de pontinhos daqueles é uma letra. E uma reunião de pontinhos é uma palavra. Caminhando com os dedos sobre esses montinhos, ela vai decifrando as frases.
Eu estava perplexa:
–  E quem ensinou essa moça a ler desse jeito?
– Não sei, Fortunatella, não sei. Na aldeia, isso é novidade. Mas quem inventou esse jeito de ler foi um cego que morreu na França há mais ou menos quarenta anos.
Quarenta anos era uma eternidade, que eu nem sabia calcular. E a França devia ser um reino encantado onde as pessoas – que maravilha! – aprendiam a ler sem enxergar.
– Vovô Leone, eu também quero ler com as mãos. É mais bonito do que com os olhos!
– Não diga isso, Fortunatella. Enxergar é uma bênção. Mas, se você quiser, pode aprender a ler o mundo com os dedos, sim. Você tem tato: toque, apalpe, sinta.
Fiquei olhando vovô Leone, admirada da sua sabedoria. E fui tentando, nos dias que se seguiram, apalpar as coisas que estavam na minha frente. Era uma nova brincadeira: fechava os olhos e tateava. E assim fui aprendendo a conhecer a lisura de uma folha de papel, as nervuras de uma folha de árvore, o calor de uma cinza da lareira, o veludoso da pele do meu rosto, o fofo do miolo do pão, a aspereza de uma pedra da rua, a fluidez da água da fonte.
LAURITO, Ilka Brunhilde. A menina que fez a América. São Paulo: FTD, 1987.


quinta-feira, 21 de maio de 2020

A IMPORTÂNCIA DE LER


A IMPORTÂNCIA DE LER


A leitura é fator chave para o desenvolvimento linguístico da criança. O contato próximo com a palavra escrita desde a pequena infância auxilia na boa expressão verbal e na boa redação, além de fixar o português correto. Crianças que leem com frequência desde pequenas comumente têm muito mais facilidade para escrever e assimilar a palavra escrita nos estudos.
Outro aspecto extremamente importante para o desenvolvimento é o poder da leitura de fomentar o amadurecimento da inteligência emocional. A criança que é colocada em contato com diferentes histórias e narrativas desde os primeiros anos de vida tem mais capacidade de entender outras emoções e outras vivências, estimulando o surgimento da empatia e da consciência cidadã e responsável.
Ainda no mesmo sentido, se por um lado a empatia e a inteligência emocional têm amplo espaço de desenvolvimento, incentivar a leitura também contribui para estimular a imaginação e a capacidade criativa de cada criança. Não são apenas as brincadeiras e os jogos que têm esse poder: a leitura adequada a cada idade traz imensas possibilidades de criação de universos, imaginação de possibilidades, dando o pontapé inicial à formação de uma mente inventiva e infinita em cada aluno.
Pensando alto, esse estímulo pode até dar margem ao surgimento de pequenos escritores e futuros grandes escritores – por que não? Em todo caso, incentivar a leitura é garantia de um bom investimento pedagógico.
Gostar ou não de ler não é algo inato, mas sim aprendido. Algumas crianças demonstram interesse de forma mais orgânica, já outras precisam de um estímulo adicional para incorporar esse hábito para o resto da vida. Em sala de aula, talvez essa não seja a tarefa mais simples. Afinal, como incentivar a leitura de forma eficaz entre as crianças, e não as afastar mais ainda? Nos primeiros anos de alfabetização uma aproximação maior é necessária e ao longo do Ensino Fundamental esse trabalho deve ser cada vez mais reforçado.
Segundo a última edição da pesquisa Retratos da Leitura, realizada em 2015 pelo Ibope e o Instituto Pró-Livro, 44% da população brasileira é considerada não leitora, e 30% nunca comprou um livro. A média de leitura no Brasil é 2,43 livros por ano. Além disso, entre os não leitores, 28% alegou que não o faz porque não gosta de ler. Os dados mostram grande discrepância na comparação com outros países: na França, por exemplo, a média de livros lidos por ano é 5 vezes maior. Há, portanto, uma urgência em descobrir formas de como incentivar a leitura no nosso país.
Para reverter essa situação, é fundamental ter um planejamento pedagógico eficiente. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) prevê um eixo específico para o trabalho com a leitura de forma transversal em toda a formação. Incorporar essas práticas é vital para o sucesso desse trabalho com as crianças e há maneiras simples de colocá-las na rotina, que não demandam grandes esforços por parte dos docentes ou da coordenação das escolas.

O QUE PODEMOS FAZER PARA INCENTIVAR O HABITO DA LEITURA

Liberdade de escolha

Imagine uma criança de 10 anos que é estimulada a ler porque isso foi cobrado em uma atividade obrigatória da escola. O fato de a leitura estar atrelada a uma exigência, muitas vezes para nota, faz com que o prazer seja dissolvido em meio à obrigação e perca seu potencial de levar aquele aluno ao gosto individual pelo hábito. Em meio a tantas distrações, como aplicativos de smartphone, videogames e outros, não é tão difícil entender por que estes últimos são preferidos aos livros em diversas situações.
Assim, uma alternativa para incentivar a leitura é diminuir o peso dessa obrigação. Os professores podem estimular que as crianças escolham o livro que querem ler sem que, com isso, percam o objetivo pedagógico. Entendendo que cada criança tem seus próprios gostos e preferências, essa atividade pode levar cada um a partir de seu interesse inicial para escolher a leitura que fará. O professor deve apenas orientar a escolha para que a leitura seja o mais proveitosa possível para aquele aluno.
Uma vez que o objetivo é fazer com que cada aluno adquira seu próprio hábito de leitura, o professor pode criar temáticas: alguns grupos lerão contos de fada, outros vão ler histórias de aventura, séries infantis consagradas… há muitas possibilidades de incentivo. O importante é respeitar as diferenças entre cada aluno e desassociar a leitura de algo meramente obrigatório para nota.

Projetos de leitura

A escola deve se tornar um ambiente receptivo às ideias criativas de incentivo à leitura, sempre com o fim de torná-la a mais legal e divertida possível. Para isso, é preciso fazer com que ela ultrapasse as paredes da sala de aula. Nesse sentido, professores e coordenadores podem adicionar ao calendário de eventos da escola atividades lúdicas inteiramente direcionadas à leitura, como gincanas e concursos.
As gincanas podem promover competições entre diferentes turmas, estimulando a expressão linguística em todos os âmbitos, não apenas na leitura. A partir da leitura de livros determinados pela organização da gincana (que, claro, devem levar em conta as preferências dos alunos), o evento deve contar com uma série de atividades temáticas relacionadas aos livros, como interpretação de cenas, recriação de textos, coreografias, entre outros.
Indo além, a organização de concursos de histórias e de semanas temáticas de leitura são exemplos de como fazer a leitura extrapolar o cotidiano escolar. Os alunos podem ser estimulados, por meio de premiação, a participar de concursos de criação de histórias (contos, crônicas, fábulas), ou mesmo a se engajar nas semanas temáticas dedicadas à leitura de diferentes gêneros literários.

Clube de leitura na escola

       De forma a exigir menos organização e estrutura, os próprios docentes também podem criar clubes de leitura com os alunos. Para isso, é importante estabelecer grupos de acordo com as faixas etárias, para garantir leituras adequadas a todos. Também é importante que os clubes não sejam tão grandes, o que tornará o processo de compartilhamento das impressões mais simples.
           Uma característica interessante do clube do livro é que ele propõe metas, o que é uma forma mais criativa para incentivar a leitura. A cada mês ou a cada número fixo de semanas cada participante deverá ler o livro proposto e elencar tópicos a serem comentados.
           Os livros podem ser escolhidos de forma conjunta com os participantes, para que o clube se torne um espaço livre, menos vinculado às atividades de sala de aula. As reuniões podem ocorrer na própria biblioteca, no pátio da escola, ou até mesmo em um parque, por exemplo. É importante engajar ao máximo os alunos criando roteiros de discussão da obra que tratem de temas mais interessantes a eles. É possível também estabelecer uma votação para a escolha dos tópicos a serem discutidos.

Prêmio de incentivo à leitura

Algumas das atividades de incentivo à leitura descritas acima podem resultar em premiações e murais especiais dedicados aos alunos mais empenhados. Também é possível criar essas premiações de forma independente para os que mais se engajarem ou mais cumprirem as metas de leitura, por exemplo.
Esse é um modo de estimular a dedicação dos estudantes, mas também pode ser atraente para aqueles que ainda não se sentiram motivados com os estímulos anteriores.

Criação de mural de notícias

O hábito de leitura não se restringe apenas aos livros. É importante criar em todos uma cultura leitora, que faz com que a compreensão do mundo por meio das palavras seja uma constante em suas vidas. É nesse sentido que cabe também à escola desenvolver o gosto por notícias, reportagens, matérias, promovendo a leitura de jornais e revistas em meios impressos e on-line.
Uma atividade para incentivar a leitura nesses meios é a criação de um mural de notícias. Os professores podem pedir que cada aluno procure notícias sobre determinado tema ou sobre algum acontecimento específico do momento atual sob diferentes perspectivas e abordagens, que serão coladas ou evidenciadas nesse mural.
Além de incentivar a leitura, esse tipo de prática também é importante para iniciar o letramento midiático com as turmas. A comparação dos diversos pontos de vista de cada veículo de notícias, bem como dos ganchos escolhidos por cada linha editorial, contribuirá muito para a adoção de uma posição mais crítica dos estudantes na hora de consumir produtos midiáticos.

Apoio da família

O desenvolvimento da criança deve ser acompanhado de perto por pais e familiares. Ainda que a escola dê as devidas ferramentas para o desenvolvimento de hábitos importantes para o crescimento e a formação integral do estudantesem a parceria da família é muito mais difícil fazer com que esses hábitos se consolidem.
Nesse sentido, engajar a família toda nas estratégias de como incentivar a leitura é fundamental e a escola deve mostrar a importância desse apoio, tanto convidando os familiares próximos para participar dos eventos propostos, como pedindo que eles próprios encontrem maneiras de continuar o trabalho em casa, aproximando as crianças da leitura dentro do ambiente doméstico e, também, dando o bom exemplo.
Para os pequenos, ler deve ser algo observável em todos os adultos de referência e de confiança, o que faz com que seja importante que os professores e os responsáveis mostrem que também são leitores.

Utilize a tecnologia

Para incrementar mais as atividades práticas colocadas, os professores podem também usar dispositivos digitais atrativos para os alunos. Os leitores de livro digital, como o Kindle e o Kobo, ou mesmo os aplicativos de leitura que podem ser instalados no celular, são opções interessantes por serem leves, pequenos e não representarem peso adicional nas mochilas.
Além disso, a possibilidade de ler em um dispositivo eletrônico, como um tablet ou até um celular, pode atrair os alunos mais resistentes ao hábito, ao aproximar a leitura da tecnologia. Nesse sentido, qualquer ideia criativa para incentivar a leitura está mais do que válida, podendo ser uma solução para conquistar diferentes públicos.

REFERENCIAS



segunda-feira, 18 de maio de 2020

Profª. Rubia Carla



Queridos alunos!
É com grande prazer que eu, Professora Rubia, proponho um momento de reflexão semanal. A leitura pode ser uma grande aliada nesse momento para todos, através dela podemos ir para os mais diversos lugares, viver as mais variadas emoções e aventuras, conhecemos as diferentes culturas, e ainda estimula a criatividade, aumenta o vocabulário, ajuda na compreensão na escola e fora dela, enfim leitura é vida!!!
Contamos com a visita de todos no blog da escola.

Para refletir
Deixe a raiva secar
Mariana ficou toda feliz porque ganhou de presente um joguinho de chá, todo azulzinho com bolinhas amarelas. No dia seguinte, Júlia, sua amiguinha, veio bem cedo convidá-la para brincar. Mariana não podia, pois iria sair com sua mãe naquela manhã. Júlia, então, pediu à coleguinha que lhe emprestasse o seu conjuntinho de chá para que ela pudesse brincar sozinha na garagem do prédio. Mariana não queria emprestar, mas, com a insistência da amiga, resolveu ceder, fazendo questão de demonstrar todo o seu ciúme por aquele brinquedo tão especial.
Ao regressar do passeio, Mariana ficou chocada ao ver o seu conjuntinho de chá jogado no chão. Faltavam algumas xícaras, e a bandejinha estava toda quebrada. Chorando e muito nervosa, Mariana desabafou: “Está vendo, mamãe, o que a Júlia fez comigo? Emprestei o meu brinquedo, ela estragou tudo e ainda deixou jogado no chão”.
Totalmente descontrolada, Mariana queria porque queria ir ao apartamento de Júlia tomar satisfações. Mas a mãe, com muito carinho, ponderou: “Filhinha, lembra aquele dia quando você saiu com seu vestido novo todo branquinho e um carro passou e jogou lama em sua roupa? Ao chegar em casa, você queria lavar imediatamente aquela sujeira, mas a vovó não deixou. Você lembra o que a vovó falou? Ela disse que era para deixar o barro secar primeiro, porque depois ficava mais fácil limpar. Pois é, minha filha, com a raiva é a mesma coisa: deixe a raiva secar primeiro. Depois fica bem mais fácil resolver tudo”.
Mariana não entendeu muito bem, mas resolveu seguir o conselho da mãe e foi para a sala ver televisão. Logo depois, alguém tocou a campainha. Era Júlia, toda sem graça, com um embrulho na mão. Sem que houvesse tempo para qualquer pergunta, ela foi falando: “Mariana, sabe aquele menino mau da outra rua que fica correndo atrás da gente? Ele veio aqui querendo brincar comigo, e eu não deixei. Aí ele ficou bravo e quebrou o brinquedo que você havia me emprestado. Quando eu contei para a mamãe, ela ficou preocupada e foi correndo comprar outro brinquedo igualzinho para você. Espero que você não fique com raiva de mim. Não foi minha culpa”.
“Não tem problema”, disse Mariana, “minha raiva já secou”. E, dando um forte abraço em sua amiga, tomou-a pela mão e levou-a para o quarto para contar a história do vestido novo que havia sujado de barro.
Nunca tome qualquer atitude com raiva. A raiva nos cega e impede que vejamos as coisas como elas realmente são. Assim, você evitará cometer injustiças e ganhará o respeito dos demais pela sua posição ponderada e correta.
Diante de uma situação difícil, diga para você mesmo: Deixe a raiva secar…  
Fonte: Livro da Família 2012. Porto Alegre:

Você tem deixado a raiva secar?


quinta-feira, 14 de maio de 2020

LIVE !!!!!!


Monteiro Lobato


Monteiro Lobato (1882-1948) foi um escritor e editor brasileiro pré-modernista. Considerado um dos maiores autores de histórias infantis, sua obra mais conhecida é O Sítio do Pica-Pau Amarelo, composta de 23 volumes.
Monteiro Lobato nasceu em Taubaté, São Paulo, no dia 18 de abril de 1882. Desde menino já mostrava seu temperamento irrequieto.
Com 13 anos foi estudar em São Paulo. Registrado José Renato Monteiro Lobato, resolveu mudar de nome, pois queria usar a bengala de seu pai, que havia falecido em 1898.
A bengala tinha as iniciais J B M L gravadas no topo do castão. Assim, mudou de nome e passou a se chamar José Bento, para que suas iniciais ficassem iguais às do pai.
Em 1904 formou-se em Direito pela Faculdade de São Paulo. Nesse mesmo ano voltou para Taubaté onde conheceu Maria Pureza Natividade, com quem se casou um ano depois de ser nomeado promotor público na cidade de Areias, em 1907.
Nessa época pintava e escrevia artigos para os jornais do Rio, Santos e São Paulo. Mais Tarde escreveu “Cidades Mortas”, livro que retrata a agonia da cidade quase abandonada.
Permaneceu em Areias até 1911, quando morreu seu avô o Visconde de Tremembé, deixando-lhe de herança uma fazenda em Taubaté, para onde se mudou.
Em 1917, vende a fazenda e muda-se para Caçapava. Nessa época, dedica-se definitivamente à literatura e funda a revista Paraíba, fechada em seguida.
Muda-se para São Paulo, colabora com a Revista do Brasil, transformando-a em um núcleo de defesa da cultura nacional.
Funda a gráfica Monteiro Lobato que foi encerrada em 1924. A Companhia Editora Nacional vende sua parte em 1927 e funda a Editora Brasiliense, em sociedade com amigos.
Nesse mesmo ano foi nomeado adido comercial do Brasil em Nova Iorque, no governo de Washington Luís.
Em 1946 vai morar na Argentina, onde estabelece também uma editora: Editorial Acteón. Em 1947 volta para São Paulo, vindo a falecer no dia 5 de julho de 1948.
Características Literárias
Como escritor literário, Monteiro Lobato situa-se entre os autores regionalistas do Pré-Modernismo e destaca-se nos gêneros conto e fábula.
Geralmente, o universo retratado pelo escritor são os vilarejos decadentes e as populações do Vale do Paraíba, no momento da crise do plantio do café.
Monteiro Lobato foi um contador de histórias, preso ainda a certos modelos realistas. Dono de um estilo cuidadoso, não perdeu a oportunidade para criticar certos hábitos brasileiros, como a cópia de modelos estrangeiros, nossa sobrevivência ao capitalismo internacional, etc.
Sua ação, além do círculo literário, como intelectual polêmico se estende também ao plano da luta política e social. Moralista e doutrinador, aspirava o progresso material e mental do povo brasileiro.
Com a publicação de “O Escândalo do Petróleo” (1936) denuncia o jogo de interesses motivados pela extração do petróleo. Com isso, critica o envolvimento internacional das autoridades brasileiras.
Em 1941, já durante a ditadura de Vargas, foi condenado a seis meses de detenção, acusado de ataques ao governo.
Apesar de sua abertura ideológica, do ponto de vista artístico mostrou-se conservador quando começaram a surgir as primeiras manifestações modernistas em São Paulo.
Ficou famoso o seu polêmico artigo intitulado “Paranoia ou Mistificação?”, publicado no Jornal O Estado de São Paulo em 1917.
Nele, Lobato criticou a exposição de pintura expressionista de Anita Malfatti, considerando seu trabalho resultado de uma deformação mental.

Principais Obras
As obras de Lobato que mais se destacaram foram:
·         Urupês, 1918
·         O Saci, 1921
·         Narizinho Arrebitado,1921
·         Fábulas, 1922
·         O Marquês de Rabicó, 1922
·         As Aventuras de Hans Staden, 1927
·         Peter Pan,1930
·         Reinações de Narizinho,1931
·         Caçadas de Pedrinho, 1933
·         Emília no País da Gramática, 1934
·         Geografia de Dona Benta, 1935
·         Dom Quixote das Crianças, 1936
·         Histórias de Tia Nastácia, 1937
·         O Poço do Visconde, 1937
·         O Picapau Amarelo, 1939
Personagens
Sítio do Picapau amarelo
É uma obra composta por uma série de livros (23 volumes), escrita entre os anos de 1920 e 1947.
Os personagens de Lobato ficaram conhecidos por várias gerações de crianças de diversos países. Chegaram à televisão brasileira na década de 60 com o seriado “O Sítio do Picapau Amarelo”.

Ilustração original do Sítio do Picapau Amarelo de Manoel Victor Filho
Nessa história, Lobato aproveita para transmitir às crianças os valores morais, conhecimentos sobre nosso país, nossas tradições, etc.
Dentre os personagens mais conhecidos, temos:
·         Narizinho é a menina de nariz arrebitado, cujo nome é Lúcia. Neta de D. Benta, ela tem uma boneca chamada Emília, com quem adora conversar.
·         Pedrinho é primo de Narizinho e neto de D. Benta. O menino de dez anos vive na cidade e nas férias vai sempre para o sítio.
·         Emília é uma boneca de pano que fala. De personalidade forte, é a melhor amiga da sua dona Narizinho.
·         Dona Benta é a dona do sítio do Picapau amarelo. Adora crianças e tem prazer em lhes contar histórias.
·         Tia Anastácia é a empregada do sítio e cozinha muito bem. Também gosta de contar histórias e fazer biscoitos de polvilho. Foi ela quem costurou Emília.
·         Visconde de Sabugosa é feito de sabugo de milho. Estudioso que sabe muitas coisas, é também bastante atrapalhado. Está sempre na biblioteca ou no laboratório, que fica no porão da casa do sítio. Inventou o pó de pirlimpimpim.
·         Cuca é uma bruxa má com aparência de jacaré que vive amedrontando as pessoas. Ela é um personagem do nosso folclore.
Leia mais sobre a Lenda da Cuca.
Jeca Tatu
Com esse seu personagem do livro Urupês - um tipo caipira acomodado e miserável, Lobato critica a face de um Brasil agrário, atrasado, cheio de vícios e vermes.
Com barba por fazer, Jeca Tatu é um homem bastante pobre, desanimado e aparentemente preguiçoso. Ele vive com sua mulher, dois filhos e é sempre acompanhado pelo seu cão.
Mais tarde, se descobriu que Jeca Tatu tinha amarelão e, assim, que vivia sem vontade de trabalhar e desanimado em consequência da doença.
Após ser tratado, é curado da doença e prospera na vida se tornando um grande fazendeiro.
Curiosidades
Monteiro Lobato é um dos primeiros escritores de obras infantis do Brasil e da América Latina. O dia do seu nascimento, 18 de abril, chamado de "Dia de Monteiro Lobato" é o Dia Nacional do Livro Infantil.
A Vila do Buquira, onde Monteiro Lobato foi viver e escreveu grande parte de sua obra, recebeu o seu nome. Hoje, a cidade se chama Monteiro Lobato.
A fazenda situada nessa cidade, herança do seu avô, passou a ser chamada Sítio do Picapau Amarelo, sendo atualmente visitada por muitos turistas.
Além disso, existem diversas escolas, ruas e bibliotecas no Brasil que levam o nome do escritor.
Frases Conhecidas de Monteiro Lobato
·         Um país se faz com homens e livros.”
·         Tudo tem origem nos sonhos. Primeiro sonhamos, depois fazemos.”
·         Quem mal lê, mal ouve, mal fala, mal vê.”
·         Ainda acabo fazendo livros onde as nossas crianças possam morar.”
·         A mim me salvaram as crianças. De tanto escrever para elas, simplifiquei-me.”



Referências

https://www.todamateria.com.br/monteiro-lobato/ acesso em 13/05/2020 às 14:35hs

Momento para reflexão: A beleza está na simplicidade!!!

 Contribuição professora "Rúbia Leriam" A  Última Crônica – Fernando Sabino A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para ...