quinta-feira, 30 de julho de 2020
quarta-feira, 29 de julho de 2020
segunda-feira, 27 de julho de 2020
Você tem valorizado o que tem visto?
MOMENTO PARA REFLEXÃO
Leia o texto e
interaja conosco.
Contribuição Professora "Rúbia Leriam"
Ver não é somente enxergar, mas concomitantemente, sentir
algo, que dá significado e vida ao que se está vendo.
VER
VENDO Otto Lara Rezende
Você tem valorizado o que tem visto???
De tanto ver, a gente banaliza
o olhar – ver... não vendo.
Experimente ver, pela primeira vez, o que você vê todo dia, sem ver.
Parece fácil, mas não é: o que nos cerca, o que nos é familiar, já não desperta curiosidade.
O campo visual da nossa retina é como o vazio.
Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta.
Se alguém lhe pergunta o que você vê pelo caminho, você não sabe.
De tanto vê, você banaliza o olhar.
Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio do seu escritório.
Lá estava sempre, pontualíssimo, o porteiro.
Dava-lhe bom dia, às vezes, lhe passava um recado ou uma correspondência.
Um dia o porteiro faleceu.
Como era ele? Sua cara? Sua voz? Como se vestia? Não fazia a mínima ideia.
Em 32 anos nunca consegui vê-lo.
Para ser notado o porteiro teve que morrer.
Se, um dia, em seu lugar tivesse uma girafa cumprindo o rito, pode ser, também, que ninguém desse por sua ausência.
O hábito suja os olhos e baixa a vontade. Mas a sempre o que ver; gente; coisa; bichos.
E vemos? Não, não vemos.
Uma criança vê aquilo que o adulto não vê. Tem olhos atentos e limpo para o espetáculo do mundo. O poeta é capaz de ver pela primeira vez, o que, de tão visto, ninguém vê. O pai que raramente vê o próprio filho. O marido que nunca viu a própria mulher.
Os nossos olhos se gastam no dia a dia, opacos.
...e por ai que se instala no coração o monstro da indiferença.
Experimente ver, pela primeira vez, o que você vê todo dia, sem ver.
Parece fácil, mas não é: o que nos cerca, o que nos é familiar, já não desperta curiosidade.
O campo visual da nossa retina é como o vazio.
Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta.
Se alguém lhe pergunta o que você vê pelo caminho, você não sabe.
De tanto vê, você banaliza o olhar.
Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio do seu escritório.
Lá estava sempre, pontualíssimo, o porteiro.
Dava-lhe bom dia, às vezes, lhe passava um recado ou uma correspondência.
Um dia o porteiro faleceu.
Como era ele? Sua cara? Sua voz? Como se vestia? Não fazia a mínima ideia.
Em 32 anos nunca consegui vê-lo.
Para ser notado o porteiro teve que morrer.
Se, um dia, em seu lugar tivesse uma girafa cumprindo o rito, pode ser, também, que ninguém desse por sua ausência.
O hábito suja os olhos e baixa a vontade. Mas a sempre o que ver; gente; coisa; bichos.
E vemos? Não, não vemos.
Uma criança vê aquilo que o adulto não vê. Tem olhos atentos e limpo para o espetáculo do mundo. O poeta é capaz de ver pela primeira vez, o que, de tão visto, ninguém vê. O pai que raramente vê o próprio filho. O marido que nunca viu a própria mulher.
Os nossos olhos se gastam no dia a dia, opacos.
...e por ai que se instala no coração o monstro da indiferença.
sexta-feira, 24 de julho de 2020
segunda-feira, 20 de julho de 2020
Do que você tem medo?
MOMENTO PARA REFLEXÃO
Contribuição Professora "Rúbia Leriam"
Leia o
texto e interaja conosco.
Clarice fala em seu texto de forma
simples e metafórica (recurso linguístico para promover expressividade – Uso
da Figura de Linguagem Metáfora) que tem
medo da eternidade. Do que você tem medo?
Medo da
Eternidade (Clarice Lispector)
Jamais esquecerei o meu aflitivo e
dramático contato com a eternidade.
Quando eu era muito pequena ainda não
tinha provado chicles e mesmo em Recife falava-se pouco deles. Eu nem sabia bem
de que espécie de bala ou bombom se tratava. Mesmo o dinheiro que eu tinha não
dava para comprar: com o mesmo dinheiro eu lucraria não sei quantas balas.
Afinal minha irmã juntou dinheiro,
comprou e ao sairmos de casa para a escola me explicou:
— Como não acaba? — Parei um
instante na rua, perplexa.
— Não acaba nunca, e pronto.
— Eu estava boba: parecia-me ter sido
transportada para o reino de histórias de príncipes e fadas. Peguei a pequena
pastilha cor-de-rosa que representava o elixir do longo prazer. Examinei-a,
quase não podia acreditar no milagre. Eu que, como outras crianças, às vezes
tirava da boca uma bala ainda inteira, para chupar depois, só para fazê-la
durar mais. E eis-me com aquela coisa cor-de-rosa, de aparência tão inocente,
tornando possível o mundo impossível do qual já começara a me dar conta.
— Com delicadeza, terminei afinal pondo
o chicle na boca.
— E agora que é que eu faço?
— Perguntei para não errar no ritual que certamente deveria haver.
— Agora chupe o chicle para ir gostando
do docinho dele, e só depois que passar o gosto você começa a mastigar. E aí
mastiga a vida inteira. A menos que você perca, eu já perdi vários.
— Perder a eternidade? Nunca.
O adocicado do chicle era bonzinho, não
podia dizer que era ótimo. E, ainda perplexa, encaminhávamo-nos para a escola.
— Acabou-se o docinho. E agora?
— Agora mastigue para sempre.
Assustei-me, não saberia dizer por quê.
Comecei a mastigar e em breve tinha na boca aquele puxa-puxa cinzento de
borracha que não tinha gosto de nada. Mastigava, mastigava. Mas me sentia
contrafeita. Na verdade eu não estava gostando do gosto. E a vantagem de ser
bala eterna me enchia de uma espécie de medo, como se tem diante da ideia de
eternidade ou de infinito.
Eu não quis confessar que não estava à
altura da eternidade. Que só me dava aflição. Enquanto isso, eu mastigava
obedientemente, sem parar.
Até que não suportei mais, e, atravessando
o portão da escola, dei um jeito de o chicle mastigado cair no chão de areia.
— Olha só o que me aconteceu!
— Disse eu em fingidos espanto e tristeza. — Agora não posso mastigar
mais! A bala acabou!
— Já lhe disse — repetiu minha
irmã — que ela não acaba nunca. Mas a gente às vezes perde. Até de noite a
gente pode ir mastigando, mas para não engolir no sono a gente prega o chicle
na cama. Não fique triste, um dia lhe dou outro, e esse você não perderá.
Eu estava envergonhada diante da
bondade de minha irmã, envergonhada da mentira que pregara dizendo que o chicle
caíra na boca por acaso. Mas aliviada. Sem o peso da eternidade sobre mim.
sexta-feira, 17 de julho de 2020
segunda-feira, 13 de julho de 2020
A dificuldade de agradar a todos
Contribuição professora "Rúbia Leriam"
Leia o texto e interaja conosco...
Momento para reflexão: Você tem tentado agradar a todos?
A dificuldade de agradar
a todos – Autor desconhecido
Muitas pessoas se comportam da forma que imaginam
que agradará a todos.
Em pleno calor do dia um pai andava pelas
poeirentas ruas de Keshan junto com seu filho e um jumento. O pai estava
sentado no animal, enquanto o filho o conduzia, puxando a montaria com uma
corda.
- "Pobre criança!", exclamou um passante,
"suas perninhas curtas precisam esforçar-se para não ficar para trás do
jumento. Como pode aquele homem ficar ali sentado tão calmamente sobre a
montaria, ao ver que o menino está virando um farrapo de tanto correr?
O pai tomou a sério esta observação, desmontou do
jumento na esquina seguinte e colocou o rapaz sobre a sela. Porém não passou
muito tempo até que outro passante erguesse a voz para dizer:
- Que desgraça! O pequeno fedelho lá vai sentado
como um sultão, enquanto seu velho pai corre ao lado.
Esse comentário muito magoou o rapaz, e ele pediu
ao pai que montasse também no burro, às suas costas.
- Já se viu coisa como essa?, resmungou uma mulher
usando véu. Tamanha crueldade para com os animais! O lombo do pobre jumento
está vergado, e aquele velho que para nada serve e seu filho abancaram-se como
seu o animal fosse um divã. Pobre criatura!
Os dois alvos dessa amarga crítica entreolharam-se
e, sem dizer palavra, desmontaram. Entretanto mal tinham andado alguns passos
quando outro estranho fez troça deles ao dizer:
- Graças a Deus que eu não sou tão bobo assim! Por
que vocês dois conduzem esse jumento se ele não lhes presta serviço algum, se
ele nem mesmo serve de montaria para um de vocês?
O pai colocou um punhado de palha na boca do
jumento e pôs a mão sobre o ombro do filho.
"Independente do que fazemos, disse, sempre
há alguém que discorda de nossa ação. Acho que nós mesmos precisamos determinar
o que é correto".
sexta-feira, 10 de julho de 2020
quinta-feira, 9 de julho de 2020
terça-feira, 7 de julho de 2020
Cyberbullying
Cyberbullying: 5 dicas de prevenção para você e sua
família
O cyberbullying, ou assédio virtual em português, atinge uma a cada quatro
crianças, de acordo o Comitê Gestor da Internet no
Brasil (CGI.br).
E não para por aí: estudos da Universidade de Sheffield e Nottingham,
de Londres, mostram que 80% dos adultos já sofreram cyberbullying no
trabalho.
Exposição, xingamentos e uma série de
outros comportamentos intimidadores e agressivos cometidos na internet acabam
afetando a vida fora dela – além do incômodo, quem passa por uma situação de
bullying na rede pode até entrar em depressão.
E como a gente pode fugir desse
cenário? A resposta está nas dicas de prevenção do cyberbullying que
preparamos para você. Vem com a gente e alerte a sua família também!
Dica #1: não passe as suas
senhas para os outros
Por mais confiável que sejam seus
amigos da escola ou colegas de trabalho, evite compartilhar suas senhas de
e-mail, mensageiros ou redes sociais. Isso porque, quanto mais gente sabe como
acessar suas contas pessoais, maiores são as chances de alguém mal-intencionado
entrar no que é seu e espalhar informações confidenciais.
Dica #2: seja cuidadoso com
amizades virtuais
É sempre legal fazer novas amizades,
né? Mas, na internet é preciso ter bastante cautela.
Se você for menor de idade e está
lendo isso, uma
dica bem especial: não esconda nada dos seus pais ou das pessoas
mais velhas que cuidam de você e em quem você confia, combinado!?
Se você começa a trocar ideia com alguém na internet, não faça isso escondido e
não passe informações como senhas, endereço ou fotos. E vale aquele conselho
clássico: não fale com estranhos!
Agora, se você é pai, mãe, avó ou responsável
por uma criança ou adolescente, a dica é outra: converse com a
turminha sobre os cuidados com amizades virtuais. Além disso, é bacana
estipular horários para uso de internet – de preferência quando todos estão
acordados. E a porta do quarto e do escritório? Aberta!
E não custa lembrar que gente grande
também se depara com uma série de situações constrangedoras de assédio virtual,
por isso evite compartilhar imagens, senhas e outros dados pessoais com amigos
e conhecidos da rede.
Dica #3: ele /ela pediu uma
foto sua? Avalie antes de mandar
De acordo com a ONG brasileira SaferNet, em 2016
aproximadamente 300 pessoas tiveram fotos e vídeos íntimos espalhados pela
internet sem autorização. E desse montante, cerca de 80% são mulheres –
uma a cada cinco, menor de idade.
Esse é um tipo bem comum de
cyberbullying, por isso, antes de passar uma foto – seja ela íntima ou não – é
importante avaliar se a pessoa que vai receber não tem (e nem teria no futuro)
segundas intenções.
Dica #4: não abra links
suspeitos
Essa dica até parece coisa da época de
internet discada, né? Mas a verdade é que os links suspeitos de hoje em dia
estão cada vez mais disfarçados de sites inofensivos. Eles, muitas vezes,
chegam até pelos conhecidos – que já clicaram anteriormente, também sem querer.
O problema é que muitos desses links
estão contaminados e servem para roubar arquivos. E ao encontrar algo que possa
render cyberbullying, muitos hackers veem a oportunidade de chantagem e
extorsão, como aconteceu com aquela atriz famosa, lembra?
Então, verifique a veracidade dos
links de notícias e das promoções que os seus amigos mandam por e-mail e
WhatsApp – não tem problema ser um pouco desconfiado nesse caso. E
manter o antivírus atualizado é fundamental.
Dica #5: tente evitar a
exposição
Nas redes sociais, e-mail e
mensageiros instantâneos é interessante ter uma postura cautelosa para
aproveitar tudo de bom que a conexão com o mundo traz para a gente.
Selecione suas fotos antes de postar,
se for comentar em algum post procure ser respeitoso, evite participar de
brigas online e pense duas vezes antes de compartilhar alguma coisa – avalie se
aquilo que você está prestes a passar adiante não tem chances de prejudicar
você ou aos outros.
E naquele churrasco animado ou na
escola, se perceber que alguém está te filmando sem a sua autorização, peça
para interromper. Caso necessário, busque ajuda da autoridade local – como
professores e seguranças.
A
importância de denunciar
Viu alguém cometendo cyberbullying com
outra pessoa ou você mesmo está sofrendo com isso? Vários canais podem te
ajudar: o próprio site onde aconteceu o assédio, delegacia de polícia e ONGs.
Referencias
https://www.copeltelecom.com/site/blog/cyberbullying-5-dicas-de-prevencao-para-voce-e-sua-familia/
acesso em 07/07/2020 às 09:00hs.
segunda-feira, 6 de julho de 2020
E você o que é? Uma pipoca estourada ou um piruá?
MOMENTO
PARA REFLEXÃO
Contribuição professora " Rúbia Carla Leriam"
Leia o maravilhoso texto e interaja conosco.
E você o que é? Uma pipoca estourada ou um piruá?
Milho
de Pipoca por Rubem Alves
A transformação do milho duro
em pipoca macia é símbolo da grande transformação por que devem passar os
homens para que eles venham a ser o que devem ser.
O milho de pipoca não é o que
deve ser. Ele deve ser aquilo que acontece depois do estouro.
O milho de pipoca somos nós:
duros, quebra-dentes, impróprios para comer.
Mas a transformação só
acontece pelo poder do fogo. Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a
ser milho de pipoca, para sempre.
Assim acontece com gente. As
grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo
fogo fica do mesmo jeito, a vida inteira.
São pessoas de uma mesmice e
uma dureza assombrosas. Só elas não percebem. Acham que é o seu jeito de ser.
Mas, de repente, vem o fogo.
O fogo é quando a vida nos
lança numa situação que nunca imaginamos. Dor.
Pode ser o fogo de fora:
perder um amor, perder um filho, ficar doente, perder o emprego, ficar pobre.
Pode ser o fogo de dentro:
pânico, medo, ansiedade, depressão, sofrimentos cujas causas ignoramos.
Há sempre o recurso do
remédio. Apagar o fogo. Sem fogo, o sofrimento diminui. E com isso a
possibilidade da grande transformação.
Pipoca, fechada dentro da
panela, lá dentro ficando cada vez mais quente, pensa que a sua hora chegou:
vai morrer.
Dentro de sua casca dura,
fechada em si mesma, ela não pode imaginar destino diferente. Não pode imaginar
a transformação que está sendo preparada.
A pipoca não imagina aquilo de
que ela é capaz.
Aí, sem aviso prévio, pelo
poder do fogo, a grande transformação acontece: Bum! E ela aparece como uma
outra coisa completamente diferente, com que ela mesma nunca havia
sonhado.
Piruá é o milho de pipoca que
se recusa a estourar. São aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente se
recusam a mudar.
Elas acham que não pode
existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem. A sua presunção e o
medo são a dura casca que não estoura.
O destino delas é triste.
Ficarão duras a vida inteira. Não vão se transformar na flor branca e macia.
Não vão dar alegria a ninguém.
Terminado o estouro alegre da
pipoca, no fundo da panela ficam os piruás que não servem para nada. Seu
destino é o lixo.
E você o que é? Uma pipoca
estourada ou um piruá?
Piruá é o milho de pipoca que
se recusa a estourar. São aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente se
recusam a mudar.
Elas acham que não pode existir
coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem. A sua presunção e o medo são
a dura casca que não estoura.
O destino delas é triste.
Ficarão duras a vida inteira. Não vão se transformar na flor branca e macia.
Não vão dar alegria a ninguém.
Terminado o estouro alegre da
pipoca, no fundo da panela ficam os piruás que não servem para nada. Seu
destino é o lixo.
sexta-feira, 3 de julho de 2020
quinta-feira, 2 de julho de 2020
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Momento para reflexão: A beleza está na simplicidade!!!
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